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10 curiosidades sobre a Academia Brasileira de Letras

Fundada em 1897, a Academia Brasileira de Letras é a instituição literária brasileira de maior prestígio; veja fatos curiosos sobre a ABL que elegeu nesta quinta-feira, 14, Ignácio de Loyola Brandão como seu novo imortal

14 mar 2019 - 17h31
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Lygia Fagundes Telles, Paulo Coelho, Alberto da Costa e Silva, Cacá Diegues, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e, desde hoje, 14, Ignácio de Loyola Brandão. Eles são apenas alguns dos imortais da Academia Brasileira de Letras e mostram que a instituição literária de maior prestígio do Brasil não é feita apenas de escritores literários.

Veja 10 curiosidades sobre a ABL

O começo da Academia Brasileira de Letras

Seguindo o modelo da Academia Francesa, a Academia Brasileira de Letras fez sua sessão inaugural no dia 20 de julho de 1897.

Machado de Assis foi o primeiro presidente da ABL.

Os primeiros 40 imortais da instituição foram: Araripe Júnior, Artur Azevedo, Graça Aranha, Guimarães Passos, Inglês de Sousa, Joaquim Nabuco, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, Machado de Assis, Medeiros e Albuquerque, Olavo Bilac, Pedro Rabelo, Rodrigo Otávio, Silva Ramos, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay, Coelho Neto, Filinto de Almeida, José do Patrocínio, Luís Murat, Valentim Magalhães, Afonso Celso Júnior, Alberto de Oliveira, Alcindo Guanabara, Carlos de Laet, Garcia Redondo, Pereira da Silva, Rui Barbosa, Sílvio Romero, Urbano Duarte, Aluísio Azevedo, Barão de Loreto, Clóvis Beviláqua, Domício da Gama, Eduardo Prado, Luís Guimarães Júnior, Magalhães de Azeredo, Oliveira Lima, Raimundo Correia e Salvador de Mendonça. Nem todos fizeram história na literatura brasileira.

Sempre 40 imortais

A Academia Brasileira de Letras é constituída por 40 membros efetivos e perpétuos. Quando um acadêmico morre, a cadeira é declarada vaga e escritores que quiserem concorrer a esta vaga têm dois meses para se candidatar. Primeiro, eles devem mandar uma carta ao presidente da ABL. Depois, iniciam sua campanha buscando, voto a voto, a vitória. Os imortais são escolhidos mediante eleição por voto secreto dois meses depois de a cadeira ter sido declarada vaga.

Na fogueira

Tradicionalmente, os votos são queimados pelo presidente da ABL no fim da eleição

Fardão

O fardão usado na posse é pago pelo Governo do Estado natal do imortal eleito.

Uma academia de poucos escritores

Uma das maiores críticas feitas à Academia Brasileira de Letras é que ela tem políticos, diplomatas, médicos e advogados e, em menor escala, escritores. Depois de muito tempo sem que literatos conseguissem emplacar suas candidaturas, tornam-se imortais Zuenir Ventura, Geraldo Carneiro, João Almino e Antonio Cicero. Os dois últimos são de outras áreas: Joaquim Falcão, jurista, e Cacá Diegues, cineasta.

Grandes escritores que nunca foram imortais

Grandes escritores já ocuparam as cadeiras da Academia Brasileira de Letras. Mas muitos autores que foram sucesso de público e de crítica nunca passaram por ali - por não terem se candidatado ou por não terem sido eleitos. Entre eles, Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Vinicius de Moraes, Lima Barreto, Erico Verissimo, Luis Fernando Verissimo, Dalton Trevisan e Raduan Nassar.

Reconhecimento para além do fardão

Todos os anos, desde 1941, a Academia Brasileira de Letras premia um autor - não exclusivamente um escritor literário - pelo conjunto da obra com o Prêmio Machado de Assis - no momento, ele vale R$ 100 mil. Os vencedores mais recentes foram, de 2009 a 2017: Salim Miguel, Benedito Nunes, Carlos Guilherme Mota, Dalton Trevisan, Silviano Santiago, Vamireh Chacon, Rubem Fonseca, Ignácio de Loyola Brandão e João José Reis. A ABL outorga outros prêmios anuais.

Imortal, uma profissão

Os imortais ganham um salário, mais jetons pela participação em reuniões e eventos, entre outros benefícios.

As mulheres na ABL

A primeira escritora eleita para a Academia Brasileira de Letras foi Rachel de Queiroz, em 1977. Antes dela, os imortais tinham rejeitado a entrada de Amélia Beviláqua, em 1930. Nos anos 1950, o regimento até foi alterado para que ficasse claro que só homens poderiam integrar a Academia Brasileira de Letras e a primeira candidatura de Dinah Silveira Queiroz foi rejeitada - ela conseguiu uma vaga em 1981, depois da entrada de Rachel de Queiroz. Depois das duas, foram eleitas Lygia Fagundes Telles (1985), Nélida Piñon (1989) Zélia Gattai (2001), Ana Maria Machado (2003), Cleonice Berardinelli (2009) e Rosiska Darcy (2013). Neste momento, dos 40 imortais apenas cinco são mulheres.

Quem são os atuais membros da Academia Brasileira de Letras

Ana Maria Machado

Tarcísio Padilha

Joaquim Falcão

Carlos Nejar

José Murilo de Carvalho

Cicero Sandroni

Carlos Diegues

Cleonice Berardinelli

Alberto da Costa e Silva

Rosiska Darcy de Oliveira

Ignácio de Loyola Brandão

Alfredo Bosi

Sergio Paulo Rouanet

Celso Lafer

Marco Lucchesi

Lygia Fagundes Telles

Affonso Arinos de Mello Franco

Arnaldo Niskier

Antonio Carlos Secchin

Murilo Melo Filho

Paulo Coelho

João Almino

Antônio Torres

Geraldo Carneiro

Alberto Venancio Filho

Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça

Antonio Cicero

Domício Proença Filho

Geraldo Holanda Cavalcanti

Nélida Piñon

Merval Pereira

Zuenir Ventura

Evanildo Bechara

Evaldo Cabral de Mello

Candido Mendes de Almeida

Fernando Henrique Cardoso

Arno Wehling

José Sarney

Marco Maciel

Edmar Lisboa Bacha

Estadão
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