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Diário da Filmagem
06/06/99 - Domingo
Domingão
na lancheria Skindô, rua Duque de Caxias, centro de Porto Alegre. Tínhamos muito
o que fazer (umas quatro páginas do roteiro), mas planejamos a filmagem de modo
a privilegiar o trabalho dos atores, com poucas posições de câmara, permitindo
bastante fluidez na interpretação. Começamos a rodar às nove e meia da manhã,
graças ao trabalho prévio da "pesada", que instalou toda a luz a partir das sete
e meia, tanto dentro quanto fora da lancheria.

Eram dois grandes blocos
de cenas. O primeiro com a dupla Maitê-Bomtempo (manhã), o segundo com Maitê-Nelson
Diniz (tarde). Logo no início, uma dúvida. Na hora de decupar (e considerando
os ensaios prévios), pensamos que os atores se olhariam pouco, pois estavam sentados
lado a lado num balcão, de modo que havia vários enquadramentos frontais. Mas,
quando ensaiamos com os atores no local exato, ficou evidente que eles se olhavam
bastante, e era melhor posicionar a câmara em diagonal. Foi o que fizemos, praticamente
redecupando a cena. Tanto a Maitê quanto o Bomtempo queriam que eu cortasse o
menos possível, para manter a emoção, e eu atendi a solicitação. Acho que valeu
a pena.
Almoçamos
e voltamos para as cenas com Nelson Diniz, menores, mas com igual carga dramática.
E novo contratempo: uma procissão de carros na rua Duque de Caxias, em homenagem
a Santo Antônio. Buzinas, guardas de trânsito apitando, uma zorra total. Paramos
tudo, até que Santo Antônio passou, na traseira de uma camionete. Voltou o silêncio,
e voltamos a filmar. Aí foi rápido, apesar da necessidade de fazer dois travellings
em local com pouco espaço. Pela primeira vez no filme, havia uma arma em cena,
um 38 de cano curto. Por enquanto, ainda silencioso. Terminamos às cinco da tarde.
Amanhã é fooooollllgaaaaa!!! A primeira semana já foi. Só faltam seis iguais
a essa.
Maitê Proença se prepara para entrar em cena
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da Câmara.
CAPA
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