Pra mim, não é exatamente o fim do filme. Falta montar, editar o som, produzir a trilha, gravar as inevitáveis dublagens, mixar, pensar na comercialização, na distribuição, na divulgação e no lançamento. Falta completar e melhorar muito este site, acrescentando centenas de fotos que ainda permanecem inéditas e completando seções com mais textos e mais imagens. Falta ir na pré-estréia, ler as críticas, acompanhar a bilheteria, inscrever nos festivais. Falta um monte de coisa. Mas, quando as filmagens acabam, a sensação de "fim de filme" é muito grande.
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Foram seis semanas (oito, se contarmos os ensaios e a pré-produção) muito intensas, muito cansativas e muito divertidas. Sem fim de semana, sem feriado, com apenas uma folga por semana (na quarta-feira). Tenho a certeza que esse período do "Sal de prata" será inesquecível para toda a equipe, que trabalhou com garra e profissionalismo. Do elenco aos motoristas, da segurança à produção executiva, todo mundo teve oportunidade de revelar um pouco do seu talento e da sua maneira de ver o mundo. Talvez por isso, não rolou nenhum momento de estresse e terminamos exatamente dentro do prazo.
Quando abri aquela champanha, num dos principais viadutos do centro de Porto Alegre, estava feliz por ter cumprido minha tarefa, é claro, mas estava mais feliz ainda por perceber à minha volta muitos sorrisos, numa mistura de orgulho e satisfação. Não é fácil rodar um longa. Muitas pessoas, durante muito tempo, em lugares fechados, com tarefas às vezes bem complicadas, costumam brigar e criar atritos diários. Não aconteceu em "Sal de prata". Ninguém pode predizer como será o filme. Todos, contudo, provavelmente dirão que estão satisfeitos por terem trabalhado no filme. E isso é o que mais conta.
Agora entram outros trabalhadores: montadores, editores, músicos, mixadores, laboratoristas, especialistas em efeitos, publicitários, divulgadores, etc. A vantagem desse pessoal é que eles já encontram uma base sobre a qual trabalhar, uma matéria-prima, um bolo de "significantes", enquanto a equipe de filmagem estava, a cada dia, produzindo pequenos signos audiovisuais, que só terão algum sentido daqui a alguns meses. Estaremos, nesse período, dando notícias de todas as fases de pós-produção, com muita atenção para a trilha, que será gravada especialmente para o filme por uma orquestra de câmara e, espero, será o complemento perfeito para as emoções da trama.
Então, nada de "fim de filme". Uma fase já passou, agora vamos para as outras. Agradeço aos internautas que nos acompanharam no "Diário de filmagens" e a quem alimentou o site, em especial à Adriana Martorano, da Pauta (que escreveu os diários), e à Andresa Berger, do Terra (que colocou tudo no ar). Sem esquecer a Sandra Pecis, que mais uma vez deu força para a produção cultural brasileira. Fiquem ligados, pois na próxima semana vamos inaugurar várias galerias de fotos, colocar mais vídeos sobre realização cinematográfica e incrementar a seção da trilha sonora. "Sal de prata", mais que o site de um filme, pretende ser um site sobre cinema.
Um abração pra todo mundo,
Gerbase
Pra mim, não é exatamente o fim do filme. Falta montar, editar o som, produzir a trilha, gravar as inevitáveis dublagens, mixar, pensar na comercialização, na distribuição, na divulgação e no lançamento. Falta completar e melhorar muito este site, acrescentando centenas de fotos que ainda permanecem inéditas e completando seções com mais textos e mais imagens. Falta ir na pré-estréia, ler as críticas, acompanhar a bilheteria, inscrever nos festivais. Falta um monte de coisa. Mas, quando as filmagens acabam, a sensação de "fim de filme" é muito grande.
