








|
 

The Matrix
Todo mundo esta falando
sobre The Matrix
em Nova York. E se escuta as mais variadas opiniões - há
intelectual de mais de cinquenta dizendo que gostou, o DJ italiano falando
que não se convenceu, uma educadora irlandesa entusiasmada exclamando
que não dá para perder. E quase como uma obrigacao: - Você
já viu The Matrix? -Ainda não.
Realmente, The Matrix é bom. O filme é uma mistura
da arte visual de Blade Runner de Ridley Scott, efeitos especiais
parecidos com Alien e filme de ação de artes marciais orientais.
Blade Runner é uma obra-prima, onde o roteiro, a direção
de arte e a história valem a pena ser vistos no mínimo umas
oito vezes. E a mensagem e belíssima, são seres lutando
pela vida.
The Matrix não tem uma história que vai ficar marcada
no cérebro da gente por décadas. Basicamente são
seres que vivem entre a realidade palpável e o mundo virtual. No
limite do que é o mundo real e o que é simulacro. Alien
é um filme com efeitos especiais bárbaros e assustadores
que fazem com que o espectador sue frio. The Matrix não
causa todo este impacto. Em alguns momentos chega perto, como numa cena
em que, para colocar um microfone no gostosíssimo Keanu, um ser
é inserido no seu umbigo perfeito. Mais tarde ele, o microfone,
não o Keanu, é removido de uma maneira impactante. Mas estes
momentos são esparsos. Um filme de artes marciais e somente luta
após luta após luta.
The Matrix tem um pouco disto, mas não sacia a vontade do
cara que é realmente apaixonado. A direção de arte
é muito boa. Os figurinos variam desde super tecno, com muito látex
grudado no corpo, até umas camisetinhas de algodão rasgadas.
As locações são todas em lugares caindo aos pedaços,
talvez tentando significar que, com todo o avanço tecnológico
que nós alcançamos, somos uma espécie em decadência.
A nossa paisagem é urbana e claustrofóbica. A atuação
de Laurence Fishburne é na medida, e Keanu Reeves conquista com
sua beleza as fraquezaz que tem como ator.
The Matrix e um bom “blockbuster”, feito com muito cuidado e precisão.
Mesmo quem não se emociona com ficção cientifica
pode apreciá-lo. Mas quem vai gostar mesmo é o Gerbase!
The Matrix,
EUA, 1999. Direção: Andy Wachowski e Larry Wachowski.
Bárbara
Kruchin
é artista
plástica e aficcionada por cinema. Ela é brasileira, mas mora em
Nova York desde 1991, onde cursou a School of Visual Arts.
Índice de colunas.
|