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Bufo & Spallanzani tem tudo para conquistar o público



Sábado, 11 de agosto de 2001, 16h11

Bufo & Spallanzani, de Flávio Tambellini, último filme exibido na mostra competitiva do 29º Festival de Cinema de Gramado, confirmou as expectativas do público. É um filme bem produzido, com bom roteiro (o próprio Rubem Fonseca, autor do livro que inspirou o filme, participou da adaptação) e atores consagrados como José Mayer, Tony Ramos e Juca de Oliveira.

Bufo é, acima de tudo, uma ótima diversão. Exceção no cinema brasileiro - à parte de filmes da Xuxa & afins, claro -, é um filme que atrai o público pelo suspense, pela história bem-contada e, apesar de não-linear, fácil de entender. Não é filme-cabeça, não é nada filme inovador, não é cinema autoral. Mas é uma ótima diversão - o que, afinal de contas, atrai o grande público às salas de cinema, e do que carece o cinema brasileiro.

O filme começa com o assassinato da bela milionária Delfina Delamare. A partir de sua morte, a trama concentra-se no inspetor Guedes (Tony Ramos), encarregado do caso, o escritor Gustavo Flávio (José Mayer), que antes era o corretor de seguros Ivan Canabrava, e sua sexy namorada, Minolta (Isabel Guerón). É, em última análise, um filme de suspense, que culmina com a revelação do assassino. Mas o recheio do filme, as tramas paralelas, a narrativa entrecortada com cenas do passado, dão sabor especial à trama.

Destacam-se as interpretações de José Mayer e da novata Isabel Guerón, que transpuseram com verossimilhança os personagens fonsequianos do livro às telas. Tony Ramos, como sempre, é mais Tony Ramos que inspetor Guedes. Merecem menção também as ótimas atuações dos coadjuvantes, principalmente de Juca de Oliveira, como o excêntrico biólogo professor Ceresso, e de Zezé Polessa, como a dramática e divertida Zilda.

Na produção, destacam-se a fotografia de Breno Silveira, que ambienta o filme em um clima urbano/sombrio/sujo/real, a direção de Flávio R. Tambellini, e o roteiro adaptado pelo próprio Rubem Fonseca, além da escritora Patrícia Melo (de O Matador) e Flávio Tambellini. A trilha sonora, assinada pelo ex-Legião Dado Villa-Lobos, funciona bem, mas em momentos poderia ser menos eletrônica, pois dá a impressão de que ele recentemente começou a experimentar com o gênero mais ainda não aprendeu direito.

Vale a pena assistir a Bufo & Spallanzani. É cinemão hollywoodiano, porém "made in Brazil".

Paulo Gleich / direto de Gramado

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