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Em
Gattaca, crianças são
feitas sob encomenda
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| Gattaca mostra o que pode ser nazismo no futuro |
Num mundo onde pais e mães podem escolher as características dos filhos através da engenharia genética. Seres humanos que nascem da forma mais arcaica são considerados 'inválidos'.
Ethan Hawke vive Vincent Freeman, um 'inválido' ambicioso que percorre o submundo do futuro e consegue arrumar uma maneira de assumir uma identidade 'válida' para poder trabalhar na empresa Gattaca, especializada em pesquisa espacial de ponta.
Polêmica futurista
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| Anúncio do filme publicado no The New York Times |
Nos Estados Unidos, o filme foi lançado em outubro de 1997 com um anúncio no The New York Times mostrando um bebê e a frase: "Crianças feitas por encomenda" e um número para que sejam feitos .
O anúncio obviamente causou polêmica, mas não tanto quantoo próprio filme, que não foi muito bem recebido por público e crítica.
De qualquer forma, a discussão que o roteiro levanta é quentíssima em tempos de ovelha Dolly.
Clones históricos
A discussão sobre seres criados à forma e semelhança dos humanos é uma constante na ficção científica. Nos anos 80 o filme que mais soube lidar com esta temática foi Blade Runner, Caçador de Andróides.
Em Blade Runner a discriminação é contra os clones, que ainda não são melhores ou mais perfeitos que os humanos. Da mesma forma que Gattaca, Blade Runner, segue o gênero thriller com nuances de film noir, uma característica bastante pós-moderna, termo em voga na década passada.
Ao contrário de Gattaca, o conjunto de roteiro, direção, música, atores e cenários funciona muito melhor em Blade Runner que continua sendo um dos maiores filmes de ficção científica de todos os tempos.
O filme é escrido e dirigido pelo estreante Andrew Niccol, neo-zelandês que tem experiência em comerciais, inicialmente em Londres e depois em Los Angeles.
A música é composta por Michael Nyman e o design de produção é de Jan Roelfs, criador de cenários de filmes ingleses como Orlando e Os livros de Próspero, de Peter Greenway. Música e cenários são portanto um espetáculo à parte neste thriller futurista, que não deixa de mostrar um sombrio porvenir para a humanidade. (Beth Ferreira)
