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56º Festival de Veneza

Festival
aposta em novos talentos

Sob a batuta do crítico Alberto Barbera, ex-organizador do Festival Internacional de Cinema Jovem de Turim, a Mostra Internacional da Arte Cinematográfica de Veneza chega a sua 56ª edição disposta a retomar seu espaço como vitrine mundial de renovação da linguagem cinematográfica e do cinema autoral, um conceito que vinha se perdendo nos últimos anos com a adoção de um perfil mais popular na seleção das produções. Adotando como lema deste ano "um novo início", Barbera prentende revalorizar as cinematografias fora dos EUA e as produções alternativas com características inovadoras, destacando o trabalho de novos diretores. O júri será presidido pelo cineasta iugoslavo Emir Kusturica.


Veneza exibe o filme mais recente de Woody Allen, Sweet and Lowdown, sobre um genial guitarrista de jazz nos anos 30

O esperado legado de Stanley Kubrick abre o festival, no dia 1º de setembro, com a exibição de De Olhos Bem Fechados, que estréia no Brasil nesta sexta-feira, 3 de setembro. A sessão contará com a presença de Nicole Kidman e Tom Cruise, um toque de glamour que será reforçado com a presença de Antonio Banderas, Cameron Diaz, Sean Penn, Angela Basset, Isabelle Huppert, Ewan McGregor, entre outras celebridades. Também fora de competição, será lançado mundialmente o novo filme de Woody Allen, Sweet and Lowdown, no dia 5 de setembro, e a primeira parte do documentário pessoal de Martin Scorsese sobre o cinema italiano, Il Doce Cinema, que encerra o festival.

Akira Kurosawa é o homenageado do ano, com a exibição de Rashomon e do póstumo Depois da Chuva, derradeiro projeto finalizado por Takashi Koisumi. O comediante americano Jerry Lewis irá receber um Leão de Ouro especial pela carreira. A comédia O Mensageiro Trapalhão será apresentada em versão restaurada, assim como outras obras no programa Restorations, com filmes recuperados de Fellini, Mario Monicelli, Michael Powell, Luchino Visconti e Richard Koszarki.


Foram selecionados 120 filmes, 81 longas e 39 curtas, distribuídos em cinco programas oficiais: Venezia 56 (mostra competitiva), Cinema do Presente, Sonhos e Visões, Novos Territórios, Corto-Cortissimo (não competitivos), além das exibições especiais de obras restauradas e da Semana Internacional da Crítica, mostra não-competitiva de sete filmes escolhidos pelo Sindicato Nacional de Críticos de Cinema da Itália. Uma boa parte dos longas é de diretores estreantes, que este ano concorrem a um prêmio de US$ 100 mil, criado para estimular novos realizadores.


O novo filme de Abbas Kiarostami, O Vento nos Levará, está em competição. O diretor iraniano é homenageado com Volte Sempre Abbas!, de Leon Cakoff e Renata de Almeida, curta selecionado para a mostra Novos Territórios

Dezoite filmes concorrem ao Leão de Ouro este ano. Entre os nomes mais conhecidos, destacam-se o novo filme de Abbas Kiarostami, O Vento nos Levará, a estréia de Antonio Banderas na direção com Crazy Alabama, em que dirige a esposa Melanie Griffith, Holy Smoke, de Jane Campion (O Piano), Not one Less, do chinês Zhang Yimou (A Historia de Qiu Ju), The Cider House Rules, de Lasse Hallström (Minha Vida de Cachorro), e Topsy Turvy, de Mike Leigh (Segredos e Mentiras). Dois concorrentes tem a pornografia como tema, o sul-coreano Mentiras e o franco-belga Uma Ligação Pornográfica.

Duas produções brasileiras integram a mostra não-competitiva Novos Territórios, seção dedicada a cinematografias que investem na renovação da linguagem. Na categoria longa, será exibido São Jerônimo, de Julio Bressane, um olhar sobre um dos personagens mais emblemáticos da história católica. Além do longa de Bressane, que atualmente trabalha em uma adaptação muito particular da história de Cleópatra, o Brasil comparece também com o curta Volte Sempre, Abbas!, primeira filme do diretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Leon Cakoff, e sua mulher, Renata de Almeida. O curta, única produção latino-americana a integrar a a seção dedicada ao formato em Novos Territórios, é uma breve homenagem a Abbas Kiarostami e nasceu da vinda do diretor iraniano a São Paulo, quando foi jurado da Mostra em 1994 e travou contato com uma garota de rua.

Confira os filmes em competição

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