Festival de Gramado

1996

Faye Dunaway veio atrás de roteiros para novos filmes(foto Banco de Dados/ZH)

A retomada da produção brasileira permitiu que, em 1996, o Festival de Gramado exibisse em seus cartazes o subtítulo de latino e brasileiro. Dois grupos de filmes competiram pelos Kikitos, com dois júris diversos. A volta dos filmes nacionais facilitou a montagem de uma seleção brasileira, em que saiu vencedor Quem Matou Pixote?, de José Joffily. A fase latina foi vencida por Guantanamera, de Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío, uma produção cubana dos mesmos realizadores de Morango e Chocolate. Mantendo a competição de curtas e médias nacionais em 35mm e 16mm, Gramado atende a uma vasta faixa da produção audiovisual negligenciada.

Faye Dunaway, a oscarizada atriz hollywoodiana, foi a vedete número do festival. Ficou em Gramado apenas nos primeiros dias, cercada por um pelotão de seguranças. Disse ter vindo buscar roteiros para possivelmente estrelar e produzir um filme no Brasil. Em menor escala, a espanhola Ana Torrent – a sempre lembrada menina triste de Cria Cuervos – teve o seu público, e ganhou o prêmio de melhor atriz por Morte ao Vivo. Como quem é visto é sempre lembrado, Carlos Cruz, ator de Guantanamera também faturou o seu Kikito. O festival será recordado como o momento em que o cinema brasileiro tomou pé de novo em Gramado.

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