Festival de Gramado

1988

Maitê Proença é A Dama do Cine Shangai, no filme que leva o prêmio maior (foto Banco de Dados/ZH)

Gramado assume o seu ar invernal. Elegantemente sombrio, A Dama do Cine Shangai, de Guilherme de Almeida Prado, vence o festival. Norma Bengell trouxe o seu Eternamente Pagu para ganhar. Teve de se contentar com um prêmio de atriz para Carla Camurati. Feliz Ano Velho, de Roberto Gervitz, Dedé Mamata, de Rodolfo Brandão, e A Menina do Lado, de Alberto Salvá, repartiram os demais prêmios.

Pelo segundo ano consecutivo, um curta gaúcho venceu a fase nacional: A Voz da Felicidade, de Nelson Nadotti, com Isabel Ribeiro. Tônia Carrero veio conferir o festival, desfilando todos os modelitos a que tinha direito. Tentou eclipsar os encantos de Maitê Proença e o charme de Betty Faria. A crônica mundana do festival registrou que em um apartamento impreciso de um hotel cujo nome não foi revelado, em uma só noite, mais de 40 pessoas consumiram altas doses de cocaína, quase liquidando com o estoque de água mineral do estabelecimento, devido aos seus narizes ressecados.

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