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Lawrence da Arábia perde qualidade na tela da TV

O vídeo é um recurso muito pobre para que o cinemaníaco possa recuperar a grandeza de certos filmes. Lawrence da Arábia, de David Lean, por exemplo, que foi rodado para tela ampla, no formato cinemascope, é prejudicado pelo vídeo. ...E o Vento Levou, de Victor Fleming, filmado em formato normal, mas cheio de cenas espetaculares, também fica mal no vídeo, por maior que seja o telão. No entanto, muitas vezes é esse o único recurso disponível quando se deseja recordar (ou descobrir) a magia de filmes como Rainha Cristina ou Casablanca, há décadas afastados das telas dos cinemas. A imagem eletrônica do vídeo ainda não atingiu a perfeição da imagem química produzida pela fotografia. Mas o quebra-galho do vídeo pode funcionar como a única forma de conhecer aquele filme de que tanto se fala e que não passa nos cinemas.

        A grande maioria dos cem melhores filmes selecionados pelos 1,5 mil votantes da relação do American Film Institute está selada em vídeo. Da relação dos 360 filmes essenciais selecionados pelo British Film Institute também existe uma boa quantidade selada em vídeo, o que mostra a qualificação e penetração do suporte eletrônico no meio cinematográfico. Mesmo entre os filmes mudos existe uma boa quantidade de obras lançadas em vídeo. Mas atenção: a maioria das locadoras privilegia os filmes de sucesso. Os clássicos são mais fáceis de encontrar em pontos de venda direta ao consumidor do que nas prateleiras de vídeo. (Agência RBS)