Descobertas marcam
Sinais de Fumaça
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O primeiro filme escrito
e dirigido por descendentes de índios americanos, com índios
legítimos no elenco, é um tocante road-movie sobre amizade
e perda. Sinais de Fumaça, de Chris Eyre, é uma boa
surpresa para quem vai ao cinema esperando mais um filme carregado de
clichês lastimosos sobre as desgraças de uma minoria. Baseada
no livro The Lone Ranger and the Tonto Fistfight in Heaven, de
Sherman Alexie, a produção traz
bons diálogos e atuações, que valeram
o prêmio do público e o Filmmakers Trophy no Festival
de Sundance de 1998.
Victor
Joseph (Adam Beach) e Thomas Builds-the-Fire (Evan Adams), dois nativos
de uma reserva em Idaho, foram criados juntos, mas não são
exatamente amigos, apesar de compartilhar um passado. Uma noite em 1976,
o pai de Victor, Arnold Joseph (Gary Farmer), salvou o jovem Thomas de
um incêndio que matou seus pais. Vinte anos depois de ter abandonado
a esposa Arlene (Tantoo Cardinal) e o filho, Arnold morre, e Victor
deve ir até o Arizona buscar suas cinzas.
Com dinheiro para bancar a viagem, o falador Thomas acompanha o desencantado
Victor em sua jornada pessoal, onde deverão ensinar um ao outro
as várias lições e descobertas que se apresentam
no caminho. Para Thomas, a viagem representa uma oportunidade de entrar
em contato com seus ancestrais. Para Victor, uma
chance de enterrar o fantasma de um pai relapso. A natureza
sensível de Thomas logo se contrapõe ao realismo irônico
de Victor sobre a condição indígena na América.
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 Livros recomendados Smoke Signals, de Sherman Alexie The Lone Ranger and Tonto Fistfight in Heaven, de Sherman Alexie |
