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Hilary e Jackie valeu às duas atrizes principais indicações ao Oscar. Emily Watson (de Ondas do Destino), que vive a violoncelista Jacqueline Du Pré, recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz e Rachel Griffiths, que interpreta Hilary, recebeu uma indicação como atriz coadjuvante. As duas indicações foram mais que merecidas.

Jacqueline Du Pré pode ser considerada uma das maiores intérpretes de música clássica de todos os tempos. Sua vida, abreviada aos 42 anos por uma esclerose múltipla, além de sua simbiótica relação com a irmã Hilary, é retratada no sensível filme, dirigido por Anand Tucker. O roteiro, escrito por Frank Boyce, é baseado no livro Um Gênio na Família, escrito por Hilary e pelo irmão Piers, em 1997, dez anos após a morte da irmã prodígio.











Emily Watson como Jacqueline Du Pré: interpretação arrebatadora

A comunidade erudita mundial repudiou o filme, alegando que ele é ofensivo à memória de Jaqueline Du Pré, que é retratada como excêntrica e leviana. Mas, na verdade, o filme mostra a trajetória de um gênio da música clássica, desde as apresentações na infância ao lado da irmã Hilary, na época uma flautista mirim de sucesso, até o calvário da doença que a deixou impossibilitada até mesmo para falar e que a levou à morte. 

O filme, como um concerto, tem três movimentos. O início mostra as irmãs, da infância à juventude, quando o meteórico casamento de Hilary com o simplório fazendeiro Kiffer Finzi  (David Morrissey) e o repentino sucesso de Jackie separam as duas co-dependentes irmãs. Jacqueline Du Pré, que nasceu em 1945, ficou conhecida mundialmente aos 20 anos e esteve em Moscou aperfeiçoando-se com o maestro Mstislav Rostropovitch (que esteve no Brasil em 1999). Seu sucesso e seu carisma eram tão avassaladores que, ao ganhar uma competição, ganhou de um admirador anônimo um violoncelo Stradivarius, que custa a bagatela de 2 milhões de dólares.

Jackie tinha uma relação de amor e ódio com o instrumento. O violoncelo está hoje nas mãos do violoncelista Yo-Yo Ma, que se recusou a participar do filme, assim como a gravadora EMI, detentora dos direitos das gravações de Du Pré, das quais consta seu melhor trabalho, os concertos de Elgar, com a Sinfônica de Londres, regida pelo maestro John Barbirolli.  

O segundo movimento mostra como o sucesso afeta psicologicamente Jackie, então já casada com o maestro Daniel Barenboim, aos 22 anos. O casal era apelidado pela imprensa da época como "Rei Arthur e  Rainha Guinevere da música clássica". A felicidade durou pouco mais de cinco anos. Aos 27 anos Jackie sente os primeiros sintomas da doença que acabou com sua carreira. O terceiro e último movimento mostra a derrocada do gênio, e os reflexos penosos da condição debilitadora que lhe impôs a doença. O filme é dirigido com delicadeza e, por isso, não é ofensivo como alegam os opositores do filme, que coloca questões como a relação de cumplicidade e competitividade entre as duas irmãs e o mundo fascinante dos gênios da música erudita.  
(Beth Ferreira)




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Livros recomendados
Hilary and Jackie, de Hilary e Piers Du Pré. Ballantine Books , 1998.



 








HILARY AND JACKIE

Título Original: Hilary and Jackie
País de Origem: Inglaterra
Ano: 1998
Duração: 120min
Diretor:
Anand Tucker
Elenco:
Emily Watson, Rachel Griffiths, James Frain, David Morrissey, Charles Dance, Celia Imrie, Auriol Evans, Keeley Flanders










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