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Mulheres conversam
sobre
o final de suas vidas
Para
mostrar o que se passa no coração
de mulheres que já alcançaram a reta final de suas vidas
da forma mais real possível, a diretora canadense Cynthia Scott
convidou oito mulheres (e não atrizes) com idades entre 70 e 90
anos para atuar em Na Companhia de Estranhos.
O pano de fundo para a história é uma excursão de final de semana para senhoras que querem encontrar paz e sossego no interior do Canadá. No meio do caminho, o ônibus quebra e as turistas encontram abrigo em um casebre abandonado na beira da estrada.
Sem nada para fazer enquanto esperam socorro, elas começas a conversar. Nesse ponto o roteiro - escrito a oito mãos por Sally Bochner, Gloria Demers, Cynthia Scott e David Wilson - dá a deixa para que as mulheres comecem a falar de suas próprias vidas, revelando seus anseios e desejos.
A gama de personagens-reais inclui uma freira com vocação para mecânica que tenta salvar a excursão; uma índia Mohawk que ensina as outras companheiras a fazer rede para pesca com meia-calça e uma performer especialista em dança do ventre.
O tempo vai passando e aquelas admiráveis mulheres revelam como conseguem arrumar forçar para continuar levando este restinho de vida de forma otimista, enfrentando os problemas como leoas.
Na Companhia de Estranhos começa com cara de road-movie e acaba se tornando uma ótima opção para quem quer fugir da quase sempre inevitável pobreza de espírito de Hollywood. (Ana Carolina Rocha )
