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Dogmas religiosos ficam na berlinda em O Destino

O fundamentalismo que assola o Oriente Médio e pressiona a produção artística e cultural está na superfície de O Destino, do egípcio Youssef Chahine.


Filósofo caçado por questionar livro sagrado

Youssef construiu uma fábula inocente contra a intolerância e o obscurantismo que atravessam a região na forma de dogmas religiosos, passíveis de perseguição e morte.

A atualidade do tema situa-se ironicamente no século 12, na região de Córdoba, onde viveu o filósofo Averróis (o ótimo ator egípcio Nour El Cherif). Averróis começa a questionar a verdade religiosa contida no Corão, o livro sagrado do Islamismo, propondo uma nova interpretação.

Com isso, passa a ser perseguido pelo califa Al Mansour, que manda queimar todos os seus livros. Mobilizados diante de tamanha heresia, os amigos e familiares do pensador começam a contrabandear cópias de seus textos para além das fronteiras do País, na tentativa de resguardar sua obra da sanha do califa.

O filme recebeu o prêmio especial no 50º aniversário do festival de Cannes, e dá a medida exata do poder opressor do fundamentalismo sobre o próprio diretor.

Youssef não pôde exibir seu filme anterior, sobre a vida de José, banido do Egito. Além disso, o ator escalado inicialmente para viver o jovem Abdallah teve de ser substituído: tornou-se um fanático religioso, e Chamine acabou escolhendo Khaled El Nabaqui para o papel. (Cássia Borsero)

 








O DESTINO

Título Original: Al Masir
País de Origem: Egito/França
Ano: 1997
Duração: 135min
Diretor: Youssef Chahine.
Elenco:
Nour El Cherif, Laila Eloui e Mahmoud Hemeida.









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