Variantes genéticas podem aumentar ou diminuir a altura das pessoas
Já foram identificadas mais de 12 mil variantes genéticas comuns que são associadas à estatura, mas pesquisadores encontraram 30 mais raras com maior influência
Um estudo publicado na plataforma BioRXiv identificou variantes genéticas que influenciam diretamente na altura das pessoas, deixando alguém mais alto ou mais baixo em cerca de 7 centímetros. Ao todo, foram 30 variantes apontadas pelos cientistas, que analisaram genomas de mais de 300 mil pessoas.
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Mas a equipe ressalta que essas variantes são consideradas muito raras: menos de 1% dos indivíduos são portadoras. Anteriormente, já foram identificadas mais de 12 mil variantes genéticas comuns que estão associadas à estatura, mas geralmente a influência é mínima, aumentando ou diminuindo a altura em um milímetro ou menos.
Essas raras têm um efeito médio de cerca de 3 centímetros, mas podem adicionar até 5 cm à altura de alguém ou tirar 7. A maioria parece agir alterando o nível de atividade dos genes, em vez de alterar as proteínas codificadas pelos genes.
Pesquisas anteriores mostraram que certas variantes genéticas ligadas à maior altura também aumentam o risco de algumas doenças nervosas, cutâneas e cardíacas, mas os cientistas vinculados a esse estudo mais recente ressaltam a necessidade de futuras pesquisas para entender melhor essa relação.
Mas eles acreditam que existem condições para as quais realmente faz sentido a sua relação com as variantes associadas à altura, por razões físicas. É o caso, por exemplo, das varizes. Nesse caso, a teoria é que a condição é diretamente influenciada pelo retorno do sangue dos pés, que é mais exigente fisicamente.
DNA e altura
Em abril deste ano, cientistas apontaram os genes que determinam a altura da pessoa. No estudo, os pesquisadores da Harvard Medical School se concentraram nos genes ativados em células de cartilagem, presentes nas extremidades dos ossos.
Na ocasião, para chegar a 145 genes do crescimento, os pesquisadores examinaram 600 milhões de células de cartilagem em camundongos, e então cruzaram as descobertas dos roedores com informações genéticas em humanos. Neste ponto, descobriram inúmeras semelhanças, indicando possível relação. Atualmente, os autores envolvidos investigam cada um desses genes relacionado a altura.
Fonte: BioRXiv
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