TikTok pode se separar da ByteDance para evitar problemas com os EUA
Uma das soluções para amenizar a crise com os Estados Unidos e a Europa seria separar o TikTok da ByteDance, o que permitiria o controle ocidental da plataforma
Os executivos da filial do TikTok nos Estados Unidos estudam uma possível separação da empresa chinesa ByteDance para evitar problemas com os órgãos reguladores. A ideia seria cortar os laços com a matriz para evitar qualquer alegação de espionagem ou vazamento de informações para o governo da China.
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Segundo a Bloomberg, a mudança ainda está longe de ser acertada e precisaria da aprovação da sede em Pequim. No entanto, a medida poderia ajudar a minimizar a pressão dos órgãos reguladores norte-americanos e europeus sobre a plataforma, acusada de vínculo com o Partido Comunista da China.
A separação da ByteDance exigiria a venda a uma controladora ocidental ou a abertura de capital por meio de uma oferta pública. O problema é que isso teria impactos severos na operação chinesa, então seria algo pensado apenas em último caso, conforme relatado na matéria.
Para tentar amenizar os narizes torcidos, o TikTok teria lançado um esforço conjunto de lobby, estimado em cerca de US$ 1,5 bilhão (quase R$ 8 bilhões, em conversão direta) para convencer os órgãos reguladores. O "Projeto Texas", segundo a Bloomberg, teria como finalidade convidar autoridades e a empresa Oracle para examinar o software.
Como tudo é especulação, tanto o TikTok quanto a ByteDance não se posicionaram oficialmente sobre o assunto. É provável que isso só ocorra se realmente houver uma movimentação para acalmar o mercado.
Por que o TikTok está sob pressão?
Existem muitos rumores sobre um possível banimento do TikTok em definitivo do solo dos Estados Unidos e até na União Europeia. As acusações seriam de que o governo chinês poderia abusar do seu poder local para monitorar pessoas, especialmente aquelas com cargos estratégicos em governos.
Isso levou várias instituições a proibirem a instalação da rede social em dispositivos oficiais, como a Câmara dos Representantes dos EUA — equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil — e na Comissão Europeia. Neste segundo caso, a desinstalação deve ser ocorrer até hoje (15), sob pena de ter os aplicativos corporativos, como e-mail institucional e Skype for Business, banidos do aparelho.
Enquanto isso, várias autoridades já baniram o app de dispositivos governamentais e senadores já preparam projetos de lei para impedir a distribuição de apps feitos em países que representem risco aos Estados Unidos, como Rússia e China. Por enquanto, nada nesse sentido ainda avançou, mas pode ser apenas uma questão de tempo.
Fonte: Bloomberg
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