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Sem olfato depois da covid? A ciência parece ter uma explicação

As descobertas também podem ajudar pesquisas adicionais sobre outros sintomas prolongados da doença

22 dez 2022 - 15h44
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O mecanismo inflamatório também pode ajudar a explicar outros sintomas longos da covid-19
O mecanismo inflamatório também pode ajudar a explicar outros sintomas longos da covid-19
Foto: Boasaude Inc. / Boa Saúde

Pesquisadores da Duke University Hospital parecem ter descoberto a razão pela qual algumas pessoas não conseguem recuperar o olfato após a covid-19. A causa desse sintoma prolongado pode estar ligada a um ataque imunológico contínuo às células nervosas olfativas e a um declínio associado no número dessas células. As descobertas foram publicadas em 21 de dezembro na revista Science Translational Medicine. 

Muitas pessoas que têm um olfato alterado durante a fase aguda da infecção viral recuperam o olfato dentro de uma a duas semanas, mas algumas não. Segundo os cientistas, é necessário entender melhor por que esse subconjunto de pessoas terá perda de olfato persistente por meses a anos após ser infectado com SARS-CoV-2.

No estudo,a equipe de pesquisa analisou amostras células olfativas coletadas de 24 biópsias, incluindo nove pacientes que sofrem de perda de olfato de longo prazo após a doença.

Usando análises mais detalhadas, os resultados revelaram infiltração generalizada de células T (do sistema imunológico) envolvidas em uma resposta inflamatória no tecido do nariz, onde estão localizadas as células nervosas do olfato. Esse processo de inflamação único persistiu apesar da ausência de níveis detectáveis do coronavírus. 

Os resultados mostraram também que o número de neurônios sensoriais olfativos foi diminuído, possivelmente devido ao dano do tecido delicado da inflamação em curso.

Bradley Goldstein, professor associado do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Ciências da Comunicação, disse em um comunicado que descobertas deste estudo também podem informar pesquisas adicionais sobre outros sintomas prolongados da covid-19 que podem estar passando por processos inflamatórios semelhantes.

Fonte: Redação Byte
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