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Quase 1 milhão de bebês nascem mortos por ano devido a poluição do ar

Estudo realizado por vários institutos e departamentos de saúde mostrou que número de natimortos por poluição do ar é bem elevado

30 nov 2022 - 16h06
(atualizado às 18h58)
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Número de bebês que nascem mortos é particularmente grande em países de média e baixa renda
Número de bebês que nascem mortos é particularmente grande em países de média e baixa renda
Foto: alituckerrn / Pixabay

Um estudo realizado por vários institutos e departamentos de saúde, mostrou que a poluição do ar é responsável por quase 1 milhão de natimortos. Quase metade dos óbitos, segundo a pesquisa, está ligada à exposição de partículas de poluição menores que 2,5 mícrons, geradas na queima de combustíveis fósseis

Publicado na revista Nature, o estudo analisou 137 países da Ásia, África e América Latina (região responsável por 98% dos casos), a partir de dados de mais de 45 mil bebês nascidos mortos, mas também de nascimentos em que não houve problemas. Já se sabia que o ar sujo era capaz de aumentar o risco, mas a pesquisa é a primeira a calcular o número de mortes. 

Os pesquisadores usaram dados sobre natimortos e poluição do ar de 1998 até 2016, de 54 países de média e baixa renda, incluindo Paquistão, Índia e Nigéria. Depois, essas informações foram tomadas como base para estimar quantos bebês nasceram mortos devido à poluição em todos os 137 países de baixa e média renda que existem.

Países com mais natimortos

De 2010 até 2019, no entanto, o número de natimortos no mundo diminuiu de 2,31 milhões para 1,93 milhão. Para os pesquisadores, os cortes na poluição do ar em países como a China podem ser uma das razões. 

Praticamente todas as mães do estudo foram expostas a níveis de poluição acima do nível atual máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 5 microgramas por metro cúbico (μg/m3). Dos 2,09 milhões de óbitos desse tipo registrados nos países estudados em 2015, 950 mil deles – ou seja, 45% –, estavam ligados à exposição acima do nível de 5 μg / m3, calculou o estudo.

A proporção de natimortos atribuídos à poluição elevada foi especialmente alta no Paquistão, Índia, Nigéria e China. No geral, os pesquisadores descobriram que um aumento na exposição de 10 μg / m3 de poluição estava associado a um aumento de 11% no risco de mortes do tipo.

Em um relatório sobre o assunto da Unicef, em 2020, os casos foram descritos como “tragédia negligenciada". O impacto para as mães e famílias também alerta para a necessidade de evitar os casos, segundo os cientistas do estudo.

Como reduzir o problema?

Em outubro deste ano, revelou-se que partículas tóxicas de poluição do ar foram encontradas nos pulmões e cérebros de fetos. As primeiras delas foram encontradas pela primeira vez nas placentas em 2018. Na época, o ar sujo já era relacionado ao aumento de abortos espontâneos, nascimentos prematuros, baixo peso e desenvolvimento cerebral perturbado. 

"Cumprir as metas de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia evitar um número considerável de natimortos", afirmou Tao Xue, da Universidade de Pequim, na China, que liderou o estudo. 

"Os esforços atuais para prevenir o a morte de bebês se concentram em melhorias nos serviços médicos, mas em comparação com os fatores de risco clínicos, os ambientais geralmente não são vistos", completou.

Os cientistas também destacaram medidas protetivas para reduzir o número de casos, como usar máscaras, instalar purificadores de ar e evitar sair quando a poluição do ar ocorre. 

Fonte: Redação Byte
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