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Ômicron | Novas variantes têm menos chance de causar covid longa

12% das pessoas infectadas com a Ômicron no ano passado desenvolveram covid longa, em comparação com 25% daqueles que contraíram a cepa ancestral em 2020

30 nov 2023 - 10h22
(atualizado às 15h04)
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Novas variantes da covid-19 têm menos chance de causar covid longa. É o que afirma um estudo conduzido por uma parceria entre a University of Melbourne, o Royal Melbourne Hospital e o Victorian Department of Health, da Austrália. Os pesquisaores perceberam que 12% das pessoas infectadas com Ômicron no ano passado desenvolveram sintomas de longo prazo, em comparação com 25% daqueles que contraíram a cepa ancestral em 2020.

Foto: Rawpixel/Envato / Canaltech

Os autores suspeitam que a diminuição da virulência poderia explicar o declínio na proporção de pessoas que desenvolvem a covid longa. Conforme afirmam em entrevista ao The Sydney Morning Herald, "as variantes posteriores estão causando respostas imunológicas menos graves e anormais, tanto na fase aguda quanto na fase prolongada".

O estudo revela que a probabilidade de desenvolver covid longa é de 25% para a cepa ancestral, 22% para Alfa, 15% para Delta e 12% para Ômicron.

"Não podemos excluir a possibilidade de que a diferença na vacinação entre os grupos ancestral e Delta, mas é improvável que explique a diminuição subsequente da covid longa em linhagens posteriores, uma vez que as taxas de imunização não aumentam muito", a equipe esclarece ao Euronews Next.

Maior risco de covid longa

O estudo ainda determinou que as pessoas com maior risco de covid longa incluem mulheres, pessoas com idades entre os 40 e os 49 anos e aquelas com doenças crônicas anteriores, ansiedade e depressão anteriores ou que tiveram um caso muito grave de covid-19.

Novas variantes da covid-19 têm menos chance de causar sintomas de longa duração (Imagem: Prostock-studio/Envato)
Novas variantes da covid-19 têm menos chance de causar sintomas de longa duração (Imagem: Prostock-studio/Envato)
Foto: Canaltech

O grupo acredita que compreender esses sintomas de longo prazo poderia abrir oportunidades para mais pesquisas sobre "mecanismos imunológicos e autoimunes que podem ter benefícios mais amplos em termos de outras condições".

Mas a equipe ressalta que, embora as cepas anteriores do vírus fossem mais propensas a causar covid longa, mais pessoas contraíram Ômicron, portanto não houve desaceleração de novos casos.

Sintomas da covid longa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a covid longa como a condição pós-covid que "ocorre em indivíduos com histórico de infecção por SARS CoV-2 provável ou confirmada, geralmente 3 meses após o início da covid-19 sintomática, e que duram pelo menos 2 meses".

Entre os principais sintomas e queixas associados com a covid longa, estão fadiga, falta de ar, tosse, dor no peito, dor de cabeça, névoa mental, queda de cabelo, Acidente Vascular Cerebral (AVC), dores articulares, diabetes, miocardite, arritmia, desconforto torácico e até mesmo problemas cognitivos, como dificuldade de concentração e perda de memória, problemas de sono, alteração no olfato ou paladar, convulsões e epilepsia.

Fonte: The Sydney Morning Herald, Euronews Next

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