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Ômicron BQ.1 | Cepa da covid-19 é resistente aos anticorpos monoclonais

Em testes de laboratório, anticorpos monoclonais não conseguem inativar a subvariante Ômicron BQ.1. Pesquisadores sugerem que as fórmulas sejam atualizadas

25 nov 2022 - 11h52
(atualizado às 15h58)
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A nova subvariante Ômicron BQ.1 tende a ser mais resistente a alternativas já desenvolvidas contra a covid-19, como os anticorpos monoclonais. É o que revelam cientistas alemães, após realizarem testes em laboratório. Agora, grupo sugere que os anticorpos sintéticos sejam atualizados para as novas variantes, como as vacinas.

Publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases, o estudo sobre a capacidade dos antianticorpos monoclonais em deter a BQ.1 foi liderado pelos pesquisadores do Centro Alemão de Primatas (DPZ), na Alemanha. Nos experimentos, a nova cepa do coronavírus SARS-CoV-2 foi resistente a todos os anticorpos conhecidos, desenvolvidos a partir das primeiras amostras identificadas do vírus.

Anticorpos monoclonais não inativam a Ômicron BQ.1

Foto: iLexx/Envato Elements / Canaltech

"No total, testamos [em laboratório] doze anticorpos individuais, sendo que seis são aprovados para uso clínico na Europa, e quatro coquetéis de anticorpos", conta Prerna Arora, principal autora do estudo e pesquisadora do DPZ, em comunicado.

Por outro lado, o mesmo estudo descobriu que a cepa BA.5 — ainda predominante em inúmeros países, como o Brasil — pode ser eliminada por pelo menos um anticorpo monoclonal e dois coquetéis de anticorpos.

Como tratar pacientes imunossuprimidos com a BQ.1?

Mesmo que os testes tenham sido realizados in vitro — e a experiência com a BQ.1 no mundo real possa ser diferente —, a descoberta é um sinal de alerta. Isso porque os anticorpos monoclonais são normalmente usados por pessoas que têm alto de risco de desenvolver formas graves da infecção, como idosos e imunossuprimidos.

Pensando nos casos da Ômicron BQ.1, os pacientes com alterações no sistema imunológico "devem considerar a administração de outros medicamentos, como paxlovid ou molnupiravir", aconselha Markus Hoffmann, que é também um dos autores do estudo. Em paralelo, novas versões dos anticorpos devem ser desenvolvidas.

Fonte: The Lancet Infectious Diseases e DPZ    

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