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Kombucha traz benefícios do jejum sem precisar parar de comer

Em um novo estudo, os micróbios responsáveis pela Kombucha causaram alteração metabólica semelhante ao jejum, reduzindo a reserva de gorduras do corpo

16 abr 2024 - 19h10
(atualizado em 17/4/2024 às 11h10)
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Já ouviu falar de Kombucha? É uma bebida fermentada feita com chás e uma cultura de bactérias. Segundo as descobertas de um estudo científico, os micróbios que agem no chá reduzem as reservas de gordura como se o organismo fizesse um jejum. Ou seja: traz os mesmos benefícios, mas sem que ninguém precise ficar sem comer para isso.

Foto: Tim-Oliver Metz/Unsplash / Canaltech

As informações apresentadas na PLOS Genetics mencionam que, ao entrarem em ação no intestino, essas bactérias influenciam diretamente a expressão genética intestinal.

Dessa maneira, os micróbios da Kombucha resultam mais proteínas que decompõem as gorduras e menos proteínas que constroem um tipo de molécula de gordura chamada triglicerídeos. Juntas, essas mudanças reduzem os estoques de gordura.

Os triglicerídeos representam as formas mais comuns de gordura circulando no corpo humano e desempenham um papel importante no armazenamento e liberação de energia, mas a ingestão excessiva de calorias pode resultar em níveis elevados desses lipídios.

Alteração no metabolismo

A princípio, o estudo envolveu apenas vermes da espécie C. elegans, então ainda não se sabe até que ponto esse efeito também acontece com seres humanos — ou se acontece.

De qualquer forma, em um comunicado disponibilizado pela University of North Carolina at Chapel Hill, os autores revelam que ficaram surpresos ao descobrir que esses vermes apresentavam redução no acúmulo de gordura.

"Essas descobertas sugerem que os micróbios do chá de Kombucha desencadeiam um estado de 'jejum' no hospedeiro, mesmo na presença de nutrientes suficientes", acrescentam.

Kombucha faz bem?

Por causa da variedade de micróbios em nosso trato gastrointestinal humano, pode ser difícil encontrar uma ligação clara entre Kombucha e seus benefícios, mas é isso o que os profissionais da ciência estão tentando fazer ao longo dos anos.

Na verdade, muito se engana quem acredita que Kombucha é algo novo. Apesar de estar em alta, a bebida já é consumida há mais de 2 mil anos.

O que se sabe, por enquanto, é que Kombucha tem antioxidantes e polifenóis que ajudam a proteger o corpo contra danos, o que pode conter a inflamação crônica. 

Benefícios da Kombucha podem ser similares aos do jejum, segundo estudo com vermes (Imagem: Tyler Nix/Unsplash)
Benefícios da Kombucha podem ser similares aos do jejum, segundo estudo com vermes (Imagem: Tyler Nix/Unsplash)
Foto: Canaltech

Mas os próprios pesquisadores da área alertam que a bebida não deve ser vista como uma solução mágica para a inflamação por causa disso. A dica é combinar com uma dieta que tenha alimentos com propriedades anti-inflamatórias.

Kombucha também possui grandes quantidades de vitaminas B, essenciais para manter o sistema imunológico funcionando, além de ácidos acético, glucurônico e D-sacárico, que podem ajudar na luta contra o mau crescimento bacteriano.

Um artigo da International Journal of Molecular Sciences já idicou que as enzimas e os ácidos de Kombucha podem ajudar o fígado por causa da eliminação de compostos indesejados do corpo. Então ainda precisamos de mais estudos, mas as inclinações científicas são favoráveis a esse famoso chá.

Fonte: PLOS Genetics, University of North Carolina at Chapel Hill, Cleveland Clinic, International Journal of Molecular Sciences 

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