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Inteligência artificial tem relação com busca por vida fora da Terra?

Estudo sugere que a inteligência artificial pode se tornar capaz de impedir que formas de vida inteligentes se tornam multiplanetárias e acabem extintas

22 abr 2024 - 12h52
(atualizado às 16h27)
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Até o momento, não existem evidências de seres alienígenas — o que é curioso, já que a chance de haver vida fora da Terra parece ser alta. Esta discrepância é conhecida como Paradoxo de Fermi, e um novo estudo de Michael Garrett, da Universidade de Manchester, sugere que a inteligência artificial pode ajudar a explicá-lo.

Foto: Pete Linforth/Pixabay / Canaltech

O Paradoxo foi criado a partir da Equação de Drake, que permite calcular a chancde encontrarmos seres tecnologicamente avançados o suficiente para se expandir pela galáxia. Várias soluções foram propostas para solucioná-lo e uma delas é o Grande Filtro.

Tal filtro seria um evento ou situação que impeça seres vivos de se tornarem interplanetários. Quedas de asteroides, guerras nucleares e supernovas são alguns eventos com este potencial, bem como o rápido desenvolvimento e avanço da inteligência artificial.

Além de devastadoras, tais ocorrências poderiam expor espécies a riscos maiores de extinção; afinal, elas teriam apenas um planeta para viver, e estariam em uma corrida contra o tempo. O autor propõe que o filtro surge antes que tais civilizações se tornam interplanetárias de forma estável. Isso implica que a longevidade típica de uma comunidade do tipo seria de, no máximo, 200 anos. 

O autor ressalta que a IA pode se tornar o Grande Filtro (Imagem: Reprodução/PhotoVision/Pixabay)
O autor ressalta que a IA pode se tornar o Grande Filtro (Imagem: Reprodução/PhotoVision/Pixabay)
Foto: Canaltech

Ainda, Garrett sugere que a inteligência artificial pode se transformar na super inteligência artificial (ASI), tornando-se o próprio Grande Filtro. "Sem uma regulamentação prática, há todos os motivos para acreditar que a IA pode representar uma grande ameaça ao curso futuro não apenas de nossa civilização técnica, mas de todas as civilizações técnicas", escreveu. 

Por isso, o autor ressalta o que chama de "necessidade crítica e estabelecer rapidamente regulamentações para o desenvolvimento da IA na Terra, e o avanço de uma sociedade multiplanetária para reduzir os riscos de tais ameaças existenciais". Segundo ele, a preocupação com a possibilidade de a ASI se "rebelar" é importante, e estudiosos da área vêm buscando meios para combater tal possibilidade. 

Perceba que ele não é o primeiro pesquisador a colocar preocupações sobre a inteligência artificial. Muitas vezes, o físico Stephen Hawking alertou que, se a IA começar a evoluir de forma independente, problemas poderiam aparecer. "Temo que a IA possa substituir os seres humanos completamente. Se as pessoas projetam vírus de computador, alguém vai criar uma IA que se aprimora e se replica", afirmou em entrevista. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Acta Astronautica.

Fonte: Acta Astronautica, Universe Today

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