Única espécie de aranha aquática do mundo vive em uma bolha
O único aracnídeo capaz de ficar submerso é uma curiosa espécie chamada aranha-de-água, que cria um sino de mergulho repleto de ar para viver subaquaticamente
Você sabia que existe um único aracnídeo que consegue viver embaixo da água? É a aranha-de-água, ou aranha-d'água (Argyroneta aquatica), que ainda precisa respirar através do ar, e, por isso, usa incríveis habilidades naturais para criar uma espécie de "sino de mergulho". Ela cria sua teia entre plantas subaquáticas e vive a maior parte do tempo submersa.
- Aranha mais venenosa do mundo é capturada em Santa Catarina
- Curiosa aranha-do-mar com "luvas de boxe" é descoberta na Antártida
Para criar seu próprio habitat, a curiosa aranha carrega ar da superfície por meio de seus pelos corporais, que são hidrofóbicos. Assim, ela consegue formar uma bolha ao redor de si mesma, criando um ambiente respirável.
A única aranha aquática do mundo
As características curiosas da aranha aquática não param por aí. A bolha de ar é expandida pelas aranhas-d'água até envolver seu abdômen, onde estão localizados seus órgãos respiratórios. Dessa forma, elas conseguem "nadar" para caçar e comer insetos e até pequenos peixes.
As câmaras de ar das fêmeas têm o dobro do tamanho das dos machos, já que também servem de berçário para filhotes. O ar é constantemente renovado no ambiente e as aranhas carregam as bolhas de água consigo, adquirindo uma cor prateada.
Mas, mesmo com a diferença entre as câmaras, os machos são maiores e mais pesados do que as fêmeas, o que é bastante incomum entre as espécies de aranha — um estudo de 2003 teorizou que os machos com pernas mais longas conseguiriam mais mobilidade para se mover na água.
Para as fêmeas, é melhor serem menores, diminuindo a necessidade de construir bolhas de ar ainda maiores, já que precisam cuidar dos filhotes além de si mesmas. Dessa forma, elas conseguem economizar mais energia, precisando de menos viagens para buscar ar.
As fêmeas, segundo um estudo de 2005, preferem os machos grandes, e, curiosamente, machos maiores podem acabar comendo as fêmeas, um canibalismo sexual reverso. Os cientistas ainda notaram que machos e fêmeas grandes também costumam matar os machos pequenos.
Fonte: The Journal of Arachnology, Evolutionary Ecology Research, Journal of Experimental Biology
Trending no Canaltech:
- Madame Teia | 4 coisas que deram errado no filme
- 5 grandes filmes para assistir na Netflix em janeiro de 2024
- Os 45 filmes mais esperados de 2024
- O que fazer com o Brahma Phone depois do Carnaval?
- As 50 piadas mais engraçadas do Google Assistente
- Engenheiros do Google Cloud impediram o maior ataque DDoS da história