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Ovo romano de 1.700 anos ainda tem clara e gema intactos

Achado na Inglaterra e pertencendo à época da ocupação romana na ilha, ovo milenar ainda tem clara e gemas intocadas em seu interior — cientistas estudam o caso

15 fev 2024 - 20h19
(atualizado em 16/2/2024 às 13h07)
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Na Britânia dos tempos romanos, atual Inglaterra, uma galinha pôs um ovo, algo absolutamente normal. O que é bastante incomum é esse objeto ter sobrevivido até hoje, 1.700 anos depois, com os líquidos do interior ainda intactos — isso é o que foi descoberto por arqueólogos recentemente.

Foto: Oxford Archaeology / Canaltech

Embora mais ovos antigos com clara e gema preservadas já tenham sido encontrados, como alguns exemplos no Egito, estes eram mumificados de propósito para sobreviverem ao tempo. No caso inglês, no entanto, o evento foi acidental, gerando o mais antigo ovo completo dos tempos romanos já achado no mundo.

Como o ovo foi preservado

Atualmente, a casca do ovo é tão fina e frágil que não pode ser tocada pelos especialistas ou sequer pelo ar, o que torna sua manipulação bastante dificultada. O anúncio do achado foi feito em 2019, mas foi só recentemente que pesquisadores descobriram que o interior do produto estava preservado.

Com tomografia computadorizada, foi possível analisar a parte de dentro. Não há uma diferença clara entre a gema e a clara do ovo, então supõe-se que ambas tenham se misturado ao longo do tempo. Agora, o líquido convive com uma bolha de ar que fica entre ele e a casca. As chances de um artefato como esse sobreviver sem intervenção humana proposital são muito baixas.

No mesmo local, um poço alagado na cidade de Aylesbury, no sul da Inglaterra, foram encontrados três outros ovos, mas eles não sobreviveram à viagem. Ao analisá-los, os cientistas quebraram acidentalmente suas cascas, liberando um odor sulfuroso e denso.

O líquido no interior do ovo, como revelado pela tomografia — clara e gema se misturaram e ficam abaixo da bolha de ar (Imagem: Christopher Dunmore/University of Kent)
O líquido no interior do ovo, como revelado pela tomografia — clara e gema se misturaram e ficam abaixo da bolha de ar (Imagem: Christopher Dunmore/University of Kent)
Foto: Canaltech

O poço foi escavado entre 2007 e 2016, e a água protegeu os ovos da erosão causada por ambientes mais secos. Acredita-se que o local tenha sido usado como uma espécie de "poço dos desejos", recebendo os itens orgânicos como forma de oferenda religiosa ou ritual espiritual na expectativa de boa sorte e fertilidade, ou como parte de ritos funerários.

Ferramentas, cerâmica, moedas, sapatos e uma cesta também foram achados no sítio arqueológico. Agora, o ovo está no Museu de História Natural de Londres para análises.

Fonte: Buckinghamshire Council, Oxford Archaeology

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