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Artemis I: escudo térmico da nave Orion rachou no retorno à Terra

A NASA encontrou rachaduras em mais de 100 partes do escudo térmico da nave Orion, formadas quando o veículo estava retornando à Terra no fim da Artemis I

10 mai 2024 - 22h39
(atualizado em 11/5/2024 às 01h33)
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O escudo térmico da nave Orion da nave Orion apresentou várias rachaduras após a reentrada pela atmosfera da Terra no fim da missão Artemis I, em 2022. O problema inesperado foi descrito em um relatório do Escritório de Inspeção Geral da NASA, que está passando pela avaliação de especialistas independentes. 

Foto: NASA / Canaltech

Engenheiros analisaram a cápsula Orion depois da missão, e descobriram que seu revestimento térmico tinha rachaduras em mais de 100 partes. Os locais afetados foram aqueles em que o estresse da reentrada foi suficiente para arrancar partes do escudo térmico.

A Orion é coberta por escudo feito de Avcoat, material criado para sofrer desgaste controlado durante a reentrada, quando as temperaturas ultrapassaram os 2.300 ºC. No entanto, pedaços do componente caíram e deixaram cavidades ali. 

Segundo o relatório da NASA, a camada acabou "rachada e se quebrou em pedaços que deixaram um rastro de detritos, ao invés de derreter conforme o projetado". O documento afirma que não há evidências de impactos no módulo da tripulação.

Pedaços de material perdido durante a reentrada da Orion (Imagem: Reprodução/NASA)
Pedaços de material perdido durante a reentrada da Orion (Imagem: Reprodução/NASA)
Foto: Canaltech

Por outro lado, "a quantidade e o tamanho dos detritos poderia ter causado danos estruturais suficientes para fazer com que um dos paraquedas da Orion falhasse", escreveram os oficiais no relatório. Caso um problema semelhante aconteça nas próximas missões do programa, há riscos da perda do veículo e da tripulação

Membros da NASA destacaram o compromisso em resolver o problema, mas admitiram que talvez não consigam chegar ao motivo dos danos. Por isso, o relatório recomendou que a agência espacial considere alterar a trajetória de reentrada da nave, ou que projete um novo escudo térmico.

Fonte: ArsTechnica, Phys.org

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