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Porta-voz dos presos negocia libertação dos reféns no Carandiru

Domingo, 18 de fevereiro de 2001, 18h17
Um porta-voz dos presos negocia com os policiais militares a rendição dos rebelados e a libertação dos mais de sete mil reféns, entre estes cerca de 1.750 crianças, do Carandiru. A Polícia Militar havia dado prazo até as 18h15 para a libertação de todos os reféns. Caso contrário, a Tropa de Choque ocuparia à força todos os pavilhões do presídio.

Os presos rebelados no Carandiru montaram uma barricada e atearam fogo em colchões para evitar que a Tropa de Choque da Polícia Militar invada o Pavilhão 9, onde ficam os presos mais perigosos do complexo. Ao mesmo tempo, alguns presos agitam panos brancos, com os dizeres "Temos visitas e crianças reféns".

Mortos e feridos - A rebelião no Carandiru começou perto das 13h. A cantora Simony está entre os reféns, na cela 509-E, de seu marido, o rapper Afro-X. No mesmo pavilhão de Simony, o 7, há detentos mortos. Informações do rádio da PM dão conta que há mais de um preso morto no pavilhão 2. Dois funcionários, dois reféns e dois presos já foram retirados feridos de dentro de um dos pavilhões.

Familiares que estão do lado de fora do presídio, ao verem a entrada dos policiais, começaram a gritar "assassinos, assassinos" e a jogar frutas e pedaços de madeira contra os oficiais da cavalaria que fazem a guarda da parte externa do presídio. Duas bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas para conter os familiares e duas viaturas da Rota foram chamadas para garantir a segurança do exterior do presídio.

As 19 rebeliões confirmadas pela polícia que acontecem hoje em todo o Estado de São Paulo são organizadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), quadrilha que atua dentro das penitenciárias. Os motins são uma demonstração de força do PCC, que teve cinco de seus principais líderes transferidos do Carandiru na última sexta-feira. Os organizadores das rebeliões seriam, de acordo com a PM, Jonas, Macarrão, Frederico, Bolete e Airton (o Sombra). O governo de São Paulo afirma que não foram registradas fugas desde o início das rebeliões.

Massacre em 1992 - Há quase nove anos, a Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o Carandiru para acabar com uma rebelião no Pavilhão 9. A invasão resultou na morte de 111 detentos, o que gerou críticas de entidades de direitos humanos contra o excesso de violência dos policiais.

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Redação Terra

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