Domingo, 18 de fevereiro de 2001, 17h10
Atualizado às 17h24

Depois de isolar todo o presídio usando até mesmo bombas de gás lacrimogêneo contra os familiares e jornalistas que acompanham a rebelião do lado de fora do Carandiru, soldados da Tropa de Choque se preparam para invadir a penitenciária. Dois oficiais da tropa e cinco funcionários já estão dentro de um dos pavilhões do Carandiru. Todos os policiais militares de São Paulo estão de prontidão e as folgas foram suspensas.

Informações da polícia dão conta que mais de sete mil pessoas são feitas reféns no Carandiru. Entre elas a cantora Simony, grávida de quatro meses do rapper Afro-X, preso no Carandiru. O nome dela teria sido escrito no chão do campo de futebol da penitenciária.

As 17 rebeliões confirmadas pela polícia que acontecem hoje em todo o Estado de São Paulo são organizadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), quadrilha que atua dentro das penitenciárias. Os motins são uma demonstração de força do PCC, que teve cinco de seus principais líderes transferidos do Carandiru na última sexta-feira. Os líderes que teriam organizado as rebeliões seriam, de acordo com a PM, Jonas, Macarrão, Frederico, Bolete e Airton (o Sombra).

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Redação Terra

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