Antônio Carlos Almeida Castro, advogado do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que era dono do Banco Marka, afirmou agora que não está preocupado com a possibilidade do Tribunal Regional Federal - 2ª Região julgar o pedido de habeas corpus de seu cliente apenas em agosto, depois do recesso de julho. Almeida Castro está "confiante" que conseguirá uma nova reconsideração do juiz Abel Fernandes Gomes, da 6ª Vara Criminal Federal do Rio, para que seu cliente seja solto antes. O juiz Abel Fernades Gomes negou, na semana passada, pedido dos advogados de Cacciola, para que o ex-banqueiro fosse solto. Cacciola está preso desde o dia 7 de junho no Ponto Zero, por seu envolvimento no caso Marka e FonteCindam, que obrigou o Governo a desembolsar R$ 1,6 bilhão vendendo dólar a valores abaixo do mercado na desvalorização do câmbio, em janeiro do ano passado. "Vamos apresentar a defesa prévia e mostrar que não há motivos para ainda manter Salvatore Cacciola preso", disse Almeida Castro.
O advogado do ex-banqueiro está preocupado principalmente com um dos pontos que o juiz Abel Gomes se baseou na semana passada ao decidir não revogar o pedido de prisão: o de que Cacciola teria cometido uma irregularidade fiscal ao alterar o balanço do Marka de 99. "Cacciola se aproveitou apenas de uma brecha na lei. Estamos preocupados em provar que não houve dolo ou má fé", disse Almeida Castro. No próximo dia 5 de julho, o caso Marka entra em uma nova fase, dos depoimentos das testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Federal.