A grande vítima do seqüestro ocorrido na segunda feira na Zona Sul do Rio de Janeiro foi a artesã e professora Geisa Firmo Gonçalves, de apenas 20 anos.Geisa voltava da favela da Rocinha, onde trabalhava com crianças carentes, e ia até o Jardim Botânico para acompanhar a amiga Damiana Nascimento de Souza, de 39 anos, que ia sacar dinheiro.
No meio do caminho, apareceu o assaltante, que liberou Damiana porque ela era cardíaca e estava passando mal. Geisa não teve a mesma sorte e só saiu do ônibus como escudo do seqüestrador. Foi morta com três balas: uma no pescoço, uma no tórax e outra no abdome. A Polícia ainda espera o laudo da perícia para confirmar quem teria feito os disparos fatais.
Geisa foi levada com vida até o hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, e depois de duas paradas cardíacas revertidas, não resistiu aos ferimentos e morreu, às 19h35min.
Durante o seqüestro, Geisa foi uma das mais torturadas pelo bandido, que puxou seus cabelos, a empurrou, apontou o revólver para sua cabeça e colocou a arma dentro de sua boca. Ela entrou em pânico quando o assaltante fingiu ter matado outra refém, gritando "ele matou ela, ele matou ela".