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Erros da polícia já fizeram outras vítimas em seqüestro

Terça, 13 de junho de 2000, 06h10min
Casos dramáticos de pessoas mantidas sob a mira de bandidos estão tornando-se comuns no País. Um dos mais lembrados, pelo desfecho trágico, é o da professora de ginástica Adriana Caringi, morta em São Paulo pelo cabo Marco Antônio Furlan, atirador de elite da Polícia Militar, em 1990.

Adriana, de 23 anos, morava com a família numa casa da Rua Tucuna, na zona oeste da cidade, invadida pelo assaltante Gilberto Palhares e sua cúmplice Regiane Maria dos Santos. Avisada por um amigo da família, a polícia cercou o local. Armado com um revólver, Palhares levou Adriana para a janela do andar de cima da casa. O ladrão quebrou o vidro da janela e passou a fazer exigências, como a de receber um carro blindado para a fuga.
Agachado junto a um poste, com um fuzil Belga nas mãos, Furlan estudou a cena por 20 minutos antes de atirar. A bala percorreu 30 metros em diagonal e explodiu a cabeça de Palhares. Adriana, porém, também caiu, morrendo nos braços da mãe, Anna. A terceira vítima da operação foi Regiane, executada por PMs.
Condenado em 1994 a 2 anos de prisão, Furlan teve a pena atenuada para 1 ano e 2 meses pela Justiça Militar, que mais tarde permitiu ao policial permanecer em liberdade. A família de Adriana ganhou na justiça a indenização de US$ 60 mil do governo do Estado.

Numa ação bastante parecida como a de segunda-feira no Rio, o soldado identificado apenas como M.B., da PM de Campinas, executou o pedreiro Diego José, que tinha uma faca apontada para o pescoço da menina Cintia Paulino, de apenas 2 anos. O episódio aconteceu em 23 de maio de 1997, na Rodovia D. Pedro I, em Valinhos, no interior de São Paulo.
M.B., pai de uma menina com a mesma idade de Cintia, disse ter notado que José se distraíra, afastando a faca do pescoço da menina. Atirou na cabeça do pedreiro, a menos de 1 metro de distância. "Só quem está envolvido na operação é que pode avaliar o momento de fazer o disparo", disseb o policial, na ocasião.

Ao contrário de M.B., outros envolvidos em resgates do gênero fazem questão de obter o máximo de publicidade. Foi o que ocorreu com o deputado estadual Roberval Conte Lopes do PPB. Quando era PM, na década de 80, ele matou a tiros, em Mogi das Cruzes, dois ex-alunos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) que mantiveram como refém por oito horas a menina Tábata Aragão, de 3 meses. Até um vídeo foi lançado sobre o caso.
Redação Terra / O Estado de S. Paulo

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