Ayrton Senna é sinônimo de velocidade e genialidade. Três títulos mundiais, 41 vitórias e 65 poles em 11 temporadas na Fórmula 1, o brasileiro marcou uma era no automobilismo. Mas mesmo os maiores têm seus dias difíceis, e alguns circuitos simplesmente não se renderam ao talento de Senna. Aqui estão seis GPs que, por diferentes motivos, ficaram fora da lista de conquistas do piloto:
1. Dallas (1984)
Senna ainda estava na Toleman, uma equipe pequena com carro limitado. Mesmo assim, já mostrava talento, foi segundo em Mônaco e terceiro na Grã-Bretanha e em Portugal. Mas em Dallas, largou em sexto, bateu logo na primeira volta, voltou à pista e abandonou na volta 47 com problemas na transmissão. A Fórmula 1 nunca mais correu lá, foi a única edição do GP.
2. Pacífico (1994)
Essa corrida aconteceu em Aida, no Japão, e ganhou o nome de GP do Pacífico para não confundir com o tradicional GP de Suzuka. Senna fez a pole, mas largou mal. Schumacher passou, e Hakkinen tirou Senna da pista. Foi sua última corrida antes do trágico fim de semana em Ímola.
3. Países Baixos (1984 e 1985)
Zandvoort não foi gentil com Senna. Em 1984, ainda pela Toleman, abandonou com problemas no motor. Em 1985, já na Lotus, largou em quarto, chegou a andar em segundo, mas não conseguiu acompanhar o ritmo das McLaren e terminou em terceiro.
4. África do Sul (1984, 1985, 1992 e 1993)
Foi lá que Senna marcou seus primeiros pontos na F1, com um sexto lugar em 1984. Em 1985, abandonou com problemas no motor. Quando a corrida voltou em 1992, Senna largou em segundo, mas terminou em terceiro, superado por Patrese. Em 1993, liderou no início, mas Prost recuperou a ponta e Senna cruzou em terceiro novamente.
5. Áustria (1984 a 1987)
Quatro tentativas, nenhuma vitória. Em 1984, fez uma bela corrida até abandonar por falta de óleo. Em 1985, foi segundo, atrás de Prost. Em 1986, abandonou com problemas mecânicos. Em 1987, chegou a estar em terceiro, mas um toque com Alboreto danificou sua asa dianteira. Após nova parada, terminou em quinto.
6. França (1984 a 1993)
Senna correu em todas as edições nesse período, mas nunca venceu. Em Dijon (1984), abandonou. Em Paul Ricard (1985 a 1990), teve boas largadas, mas abandonou cedo em 1985 e 1986. Em 1987, foi discreto e terminou em quarto. Em 1988, perdeu a pole pela primeira vez no ano e foi superado por Prost. Em 1989, abandonou na primeira volta. Em 1990 e 1991, foi terceiro.
A partir de 1991, o GP passou para Magny-Cours. Em 1992, Senna abandonou na primeira volta após colisão com Schumacher, e ainda foi tirar satisfações com o alemão, numa das imagens mais marcantes entre os dois. Em 1993, largou em quinto, estava em terceiro no fim, mas foi ultrapassado por Schumacher.
Mesmo sendo considerado um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1, Ayrton Senna era, acima de tudo, humano. Como qualquer competidor, teve circuitos que resistiram ao seu talento e onde a vitória nunca veio. Mas isso em nada diminui sua trajetória brilhante, marcada por coragem, técnica e momentos inesquecíveis.