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No litoral norte se encontram belas paisagens e boa comida
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Igor Ribeiro/AE
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No caminho para Muriú, duas árvores se
entrelaçaram e agora crescem juntas
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Os potiguares já assimilaram bem a lição de casa ensinada anos atrás por algum secretário de turismo e hoje tratam o turista com o maior zelo possível, na tentativa de vender-lhe um artesanato típico ou um pedaço de cocada. Essa avidez pelo turista é o máximo que pode incomodar numa visita às praias do litoral norte, pois tudo mais é simplesmente perfeito. O trajeto inteiro é feito de paisagens espetaculares. Barra do Rio, uma das primeiras praias depois de Genipabu, já revela a mistura interessante de vida e aridez que se espalha por todo o litoral. É comum ver os quipás (cacto redondo, baixo e espinhento) lado a lado com os cajueiros rasteiros e as baraúbas floridas. Rumo ao norte fica Pitangui (32 km de Natal), uma praia belíssima e quase inabitada. Nas suas proximidades estão os primeiros trechos de dunas "emocionantes" para os buggys. Nessa região também fica a Lagoa de Pitangui, um grande braço de água doce e transparente, onde o viajante pode parar e refrescar-se num mergulho entre centenas de peixinhos, fazer um vôo de ultra-leve e tomar uma gelada água de coco verde. Aliás, são os cocos da Zona da Mata os mais saborosos e bem servidos do Brasil. Mais ao norte, a adrenalina do passeio de buggy dá lugar a um tipo diferente de emoção. Na lagoa de Jacumã (49 km de Natal) ficam o "skybunda" e o "aerobunda". O primeiro é uma descida em alta velocidade sentado numa prancha, por uma duna de mais de 50 metros de altura e terminando com um mergulho na lagoa. O segundo é ainda mais impactante (literalmente): sentado numa cadeirinha suspensa num cabo de aço, o passageiro desce outra duna gigantesca até ser solto na lagoa. Segurar o biquíni ou a sunga é uma dica para não perder a compostura no encontro com a água. No caminho para Muriú, contemple por uns instantes a Árvore do Amor. Na verdade, são duas árvores que se entrelaçaram e, agora, crescem juntas, compondo uma maravilhosa escultura natural. Dizem os nativos que o casal que se beijar embaixo do arco formado pelos troncos das árvores eterniza seu amor. Ainda em Jacumã, uma ótima opção é visitar Ceará Mirim. A velha cidade foi por muitos anos, principalmente durante os séculos 16 e 17, o berço da oligarquia açucareira do Rio Grande do Norte. Os grandes casarões dos senhores de engenho que ali existiram ainda resistem ao tempo. Dica: a galinha caipira e o escaldado servidos nos restaurantes são bastante famosos. VEJA TAMBÉM:
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Agência Estado
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