Previdência Privada

12 de janeiro de 2006
Mercado tem planos para dekasseguis

Os brasileiros descendentes de japoneses que trabalham no Japão também possuem a possibilidade de fazer um plano de previdência privada e programar uma aposentadoria futura. Algumas seguradoras possuem produtos, normalmente o VGBL, no mercado com objetivo de auxiliar o cliente no planejamento do seu futuro. O fundo funciona como uma previdência privada tradicional no Brasil. Com pagamentos mensais ou eventuais o investidor formará uma reserva de capital em um fundo de investimento exclusivo. A reserva acumulada poderá ser resgatada ou transformada numa renda mensal e o cliente definirá quando e como utilizar seus recursos.

Há, inclusive, a chance de o participante escolher entre modalidades, como renda fixa tradicional ou cambial, já que muitos preferem manter os recursos na moeda forte, que é melhor referência para sua renda no Japão. As contribuições podem ser periódicas, no caso são reduzidas, de cerca de R$ 300,00, para quem optar por aplicações mensais, por exemplo. E podem ser maiores, de R$ 3.000,00, por exemplo, para quem optar por pagamentos esporádicos. Não há tributação dos rendimentos durante o período em que os recursos estiverem investidos, como em qualquer VGBL.

Mordida - Mas, lembre-se que, no momento do saque, os rendimentos serão tributados conforme a tabela do Imposto de Renda, no caso do VGBL, em até 27,5% do rendimento, se escolher o plano com tributação progressiva (dependendo do valor que for sacado), e de até 35% no caso da tabela nova, com alíquota regressiva, caindo conforme o período em que os recursos ficam investidos, até o limite de 10%, se esse dinheiro ficar aplicado por dez anos.

Portanto, é necessário o entendimento total do produto antes de iniciá-lo. Se, no futuro, você resolver voltar para o Brasil e sacar totalmente ou grande parte dos recursos de uma só vez, para iniciar um negócio ou comprar residência, por exemplo, poderá sofrer uma bela mordida da Receita. Todo ano os dekasseguis enviam para o Brasil cerca de R$ 2 bilhões, que são investidos basicamente em poupança e imóveis, aplicações de baixa liquidez e de retorno normalmente inferior ao dos investimentos financeiros mais agressivos.
(Da Redação do DiárioNet)