Previdência Privada

8 de dezembro de 2005
Renda fixa é melhor opção de previdência

Se você está se propondo a iniciar um plano de previdência privada e avalia em qual tipo de fundo aplicar, saiba que a melhor opção para o seu capital é a renda fixa. Ao iniciar um plano de aposentadoria, você deve escolher a modalidade do fundo em que a sua contribuição será aplicada.

Existem os fundos de renda fixa tradicionais, indexados ao câmbio, balanceados, renda fixa multi-índices e multimercados, dentre outros. Cada modalidade impõe limites à ação dos gestores. No renda fixa tradicional, por exemplo, o administrador só incluirá títulos prefixados ou pós-fixados, não podendo investir em dólar, bolsa ou outros mercados, como no multimercado, por exemplo. Assim, os recursos vão render ao longo do tempo conforme a aplicação escolhida e esse rendimento, com as contribuições periódicas, é que formará a reserva que garantirá o pagamento da sua aposentadoria. Portanto, é essencial escolher a melhor remuneração para o capital investido e se precaver contra surpresas desagradáveis no futuro.

Um plano de previdência privada pressupõe planejamento destinado a garantir o seu padrão de vida após o encerramento das suas atividades produtivas constantes, portanto não vale a pena correr riscos desnecessários. Sobretudo, no Brasil, onde a taxa de juro é extremamente elevada e faz grande diferença no decorrer dos anos, conforme você for acumulando os recursos no seu plano.

Não arrisque escolhendo um fundo de previdência indexado ao câmbio, por exemplo. Imagine se você estivesse para se aposentar agora, em 2005, e tivesse investido todos os recursos em um PGBL cambial. Só neste ano, o dólar acumula baixa superior a 15%, ou seja, sua reserva acumulada cairia substancialmente e poderia comprometer seriamente seu plano de aposentadoria. Portanto, não arrisque o capital, sobretudo, quando estiver no final do plano.

Os fundos de renda fixa são o principal destino das aplicações em previdência privada no Brasil. Segundo os dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid), do total de R$ 48,86 bilhões aplicados, nada menos que R$ 35,13 bilhões, ou seja, 72% do total das reservas estão concentrados nessa categoria. Isso mostra o perfil conservador dos aplicadores. Essa modalidade é seguida pelos fundos de previdência renda fixa multi-índices, que misturam papéis de renda fixa, indexados à inflação e outras variedades, sem características tão agressivas, com R$ 10,46 bilhões ou 21,4% do total. Na terceira posição ficam os investimentos em fundos balanceados, que possuem gestão mais agressiva do capital, com R$ 1,88 bilhão ou apenas 3,8% do total das reservas de previdência. As demais modalidades possuem participações ainda menores.
(Da Redação do DiárioNet)