Sexta, 09 de agosto de 2002, 09h23

A medida anticoncepcional defendida por um senador da Tailândia, baseada na introdução de uma rodela de limão na vagina da mulher como meio de evitar a gravidez, causou ceticismo e incredulidade no setor de saúde do país. Conforme o senador Mechai Viravaidya, um firme partidário da política de controle da natalidade, o pedaço da fruta, ou um algodão umedecido com seu suco, deve ser inserido na vagina da mulher antes de iniciar o ato sexual.

Para o político, o nível de ácido cítrico contido no suco do limão causa efeitos fatais nos espermatozóides em menos de 30 segundos. Mechai, que afirmou que sua teoria conta com o aval da Universidade de Melbourne (Austrália), disse que o "método do limão" pode ser muito prático nas comunidades rurais onde é dicícil ter acesso a preservativos.

Mas o diretor geral do Departamento de Saúde, o médico Pakdi Posiri, questionou o procedimento que considera ser apropriado para outras épocas. "Preocupa-me que muitas mulheres sigam o conselho e terminem grávidas e com doenças venéreas", declarou Posiri. Representantes do setor farmacêutico disseram que o suco de limão possa causar sérias irritações.

Mechai acrescentou ainda que a comunidade científica estuda as propriedades do suco de limão como neutralizador do vírus da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis. "Cresce a idéia de que apenas esfregando uma rodela de limão no pênis após o ato sexual poderia-se reduzir o risco de contrair a aids", insistiu o senador.

EFE