Uma nova pesquisa divulgada na edição de abril do Journal of Personality and Social Psychology afirma que ser puxa-saco é uma forma de se dar bem, e a bajulação realmente pode levar longe, independentemente dos elogios serem verdadeiros ou não.Diversas teorias tentam explicar por que as pessoas gostam daquelas que as elogiam, em vez de duvidarem de seus interesses. Alguns pesquisadores relacionam essa reação à vaidade, enquanto outros afirmam que, para a maioria das pessoas com uma auto-imagem saudável, um elogio pode simplesmente fazer sentido.
Em uma série de experimentos com universitários, o pesquisador Roos Vonk, da Universidade de Nijmegen, na Holanda, descobriu que os participantes geralmente gostavam dos puxa-sacos, independentemente do fato de acharem que os elogios eram verdadeiros ou não, assim como de outros diversos fatores.
"A bajulação funciona, pois nos sentimos bem quando recebemos elogios, mesmo se sabemos que os comentários podem não ser completamente precisos", disse Vonk. Para analisar a questão, o pesquisador elaborou uma série de experimentos desenvolvidos para analisar situações específicas e traços da personalidade que poderiam influenciar a opinião de uma pessoa de seu admirador.
Os experimentos de Vonk mostraram que, enquanto as pessoas que são objeto de elogios gostavam mais de seus admiradores e os viam como menos "nojentos" do que os observadores, a distração não foi responsável por isso. Similarmente, o humor, a auto-estima e o desejo das pessoas de gostar daqueles que as elogiam não eram fatores importantes para a bajulação funcionar.
No mundo real, essas variáveis provavelmente são um fator, apontou o pesquisador. Mas elas não batem o simples aspecto de "sentir-se bem" da bajulação, acrescentou ele. "Ser puxa-saco é uma forma de se dar bem, especialmente em relações superficiais", disse Vonk.
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