Regine Wachsmuth, uma astróloga de Berlim, na Alemanha, ameaça jogar por terra as regras do horóscopo ao garantir que ninguém é do signo que acredita ser. De acordo com ela a divisão tradicional de astros ficou defasada há dois mil anos. Quem durante toda sua vida consultou o distante "touro" para saber de questões de saúde, dinheiro e amor, teria que prestar atenção na casa de "áries", enquanto que os de "virgem" correspondem o fogoso signo do "leão". Essa é, pelo menos, a teoria divulgada pela professora Wachsmuth, que desatou na Alemanha uma "guerra das estrelas" entre os astrólogos que publicam seus prognósticos nos meios de comunicação de todo o país.
Para Wachsmuth, a divisão tradicional de signos, baseada no sistema de Vedas indiano de seis mil anos, deixou de ser atual para o mundo ocidental há pelo menos dois milênios. Os signos do horóscopo se "deslocaram", de modo que cada um corresponde ao símbolo imediatamente anterior ao até agora atribuído.
A revolução astral da professora está há dois dias nas manchetes do popular jornal Bild, o mais lido da Europa, e gerou reações entre os profissionais do setor. Especialistas com 20 anos de experiência, como Jürgen Hoppmann e Gabriele Hirsch, qualificam essa teoria de "loucura" e argumentam que, com ou sem deslocamento astral, seus prognósticos funcionam porque se baseiam na observação científica do firmamento.
O Bild complementa as opiniões dos contrariados astrólogos com as de alguns cidadãos, como uma estudante de 27 anos, que de repente se sente identificada com seu novo signo, touro, depois de anos de luta contra o estigma de gêmeos.
EFE