O futuro sobre trilhos

Entre os principais projetos, o mais ousado é o Trem de Alta Velocidade, ou trem-bala. A previsão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é que ele esteja operando em até oito anos, cortando grandes cidades de São Paulo, como Campinas, São José dos Campos, além da capital, e no caminho até o Rio de Janeiro passando por Resende e Barra Mansa.

Em São Paulo, o governo do Estado pretende ligar três cidades à capital por meio de trilhos: Santos, Jundiaí e Sorocaba. O projeto é tocado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A previsão é que o serviço entre em operação entre 2016 e 2017.

No Centro-Oeste, o governo federal quer unir Brasília e Goiânia por meio de 190 km de trilhos. Em Minas, a ideia do governo estadual é reutilizar as ferrovias abandonadas e integrar BH com a região metropolitana, bem como com Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete.

O Ministério dos Transportes toca o Projeto Trens Regionais, reativado a partir da ideia original desenvolvida pelo BNDES, nos anos 90. Nessa retomada, foram selecionados 14 trechos para a elaboração de estudos de viabilidade para a implantação dos trens de passageiros. Ao todo, são 1570 km de trilhos em mais de dez Estados.

Para Thiago Guimarães, especialista em mobilidade urbana, não bastam apenas os projetos: é preciso pensar na integração urbana e interurbana para que o passageiro complete a viagem. Ele explica que muitas dessas inciativas ainda carecem de informações, como "demanda, preço, velocidade e como vai ser integrado ao destino".