Os planetas Vênus e Júpiter entrarão em conjunção na manhã da próxima quarta-feira, repetindo a mesma configuração astronômica que já foi interpretada como a "verdadeira" Estrela de Belém. No entanto, a conjunção este ano ocorrerá muito perto do Sol, o que tornará a observação direta impossível. De acordo com cientistas, no entanto, se ocorresse em outra parte do céu, o fenômeno seria espantoso: para observadores situados na Terra, os dois planetas pareceriam se fundir, dando origem a uma única mancha luminosa, ou "estrela", no espaço.Os dois planetas já tiveram uma aproximação semelhante no mês de junho do ano dois antes de Cristo. O fenômeno é tido, por alguns especialistas, como uma possível explicação para a Estrela de Belém citada no Evangelho de São Mateus. Naquele ano, a conjunção ocorreu tendo como pano de fundo a constelação de Leão e não o Sol, portanto, pôde ser observada sem problemas.
Outra conjunção entre os dois planetas foi registrada em julho de 1859. A próxima deverá ocorrer em 2065. Na próxima quarta-feira, os cinco planetas "clássicos" - isto é, os conhecidos desde a Antigüidade - estarão todos muito próximos entre si, ao menos do ponto-de-vista de um observador situado na Terra.
Mas, como a aproximação estará ocorrendo muito perto do Sol, o "aglomerado" planetário só poderá ser visto em imagens produzidas pela sonda SOHO, um projeto conjunto da Nasa e da Agência Espacial Européia, especialmente equipado para fazer fotos dos arredores do Sol. As imagens da SOHO podem ser vistas, via Internet, no endereço https://sohowww.nascom.nasa.gov/data/realtime-images.html.