O Projeto Mulher, 500 Anos atrás dos Panos mapeou a história de mulheres com o objetivo de "levantar a cortina do passado, em busca de respostas para revelar e divulgar a pouco estudada e quase ignorada história das mulheres brasileiras". Confira abaixo alguns desses nomes:Amélia Carolina da Silva Couto (séc. XIX)
Jornalista e feminista, atuou no Rio de Janeiro onde fundou o jornal Eco das Damas, que graças ao seu tino empresarial levou seu periódico a circular por 8 anos, publicando artigos dedicados aos interesses das mulheres.
Ana Felipe (séc. XVIII)
Mascate. Viveu em São Romão (GO), fazendo o comércio itinerante, atividade que só homens faziam. Vendia sal para se sustentar.
Carmem Portinho (1903)
Natural de Corumbá (MT), foi uma das primeiras engenheiras do Brasil. Sufragista, integrante da FBPF e também criadora da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI). Foi ainda pioneira na construção de conjuntos habitacionais populares e responsável pela obra do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM).
Catarina de Castro (c.1845-1927)
Moradora de Juiz de Fora (MG), após a morte do marido, em 1891, assumiu a direção da fábrica de cerveja Kreme e Cia., tornando-se uma das primeiras empresárias do Brasil.
Chiquinha Rodrigues (1896-1966)
Professora, jornalista e política, natural de Tatuí (SP). Fundou a Bandeira Paulista de Alfabetização. Elegeu-se deputada estadual nas eleições suplementares de 1936, posteriormente foi prefeita de Tatuí. Escreveu várias obras na área de educação e foi sócia do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
Clara Perelberg Steinberg (1924)
Empresária e engenheira carioca, formada em uma época em que a engenharia ainda era uma carreira predominantemente masculina.
Clarisse Ruas (1860-1950)
Mineira de Ouro Preto, foi pioneira na atividade de corretagem de imóveis, por volta de1880.
Condessa Pereira Carneiro (1899-1983)
Fluminense, natural de Niterói, foi proprietária do Jornal do Brasil (RJ), herdado com a morte do marido. Revolucionou a imprensa nacional com as mudanças implementadas na área editorial, gráfica e industrial deste jornal.
Josefa Águeda Felisbela Mercedes de Oliveira (1864-?)
Médica pernambucana, precisou ir para os Estados Unidos para cursar medicina, uma vez que o ingresso nos cursos superiores estavam vetados às mulheres no Brasil por volta de 1876. Foi co-fundadora do Jornal A Mulher.
Juliana (séc. XVII)
Índia tapajó, administradora de fazenda. Foi feitora da fazenda Mamaiacu, no Pará.
Luciana Teixeira (séc. XVIII-XIX)
Comerciante mineira, foi fundadora da cidade de Araçuaí (MG), no início do séc. XIX.
Margarida Soares (1920)
Trabalhava como motorista de táxi no Rio de Janeiro, ofício característicamente masculino, na década de 50.
Virgilina de Sousa Sales (?-1918)
Jornalista, nasceu em São Paulo (SP), foi fundadora e editora da primeira publicação comercial feminina do Brasil.
As biografias foram tiradas do Projeto Mulher, 500 Anos atrás dos Panos (www.mulher500.org.br)
