São Paulo - Pelo visto, a tática de assustar o adversário, utilizada pela torcida uruguaia, surtiu efeito. Às vésperas do decisivo jogo deste domingo, que decidirá a última vaga da Copa do Mundo de 2002, o clima é tenso entre os australianos.
As agressões sofridas pelos jogadores no desembarque em Montevidéu fizeram o presidente da Associação Australiana de Futebol, Ian Knop, solicitar à Fifa que a partida fosse disputada em Buenos Aires.
”Compreendemos e respeitamos a paixão dos uruguaios pelo futebol, mas não podemos tolerar condutas como aquelas”, disse o dirigente.
No entanto, a Fifa não aceitou o pedido e ontem mesmo confirmou o jogo para o Uruguai.
Knop pediu também muita atenção quanto à alimentação dos jogadores, pois tem medo que alguém possa envenenar a comida dos seus atletas. O dirigente exigiu que o cozinheiro da delegação seja o único responsável pela alimentação do grupo.
O técnico australiano, Frank Farina, disse que a equipe não vai se deixar abater pelo clima de guerra que está tomando conta do Uruguai:
“O clima no grupo é fantástico. Nossos jogadores são experientes e não vão deixar se abater com isso”.
A polícia já prendeu cinco homens e uma mulher ligados ao tumulto do desembarque australiano. Desconfia-se que os torcedores tenham recebido dinheiro para iniciar os tumultos. Para o jogo, serão destacados mais de 800 policiais para a segurança.