São Paulo - Chamado de “burro” antes, durante e depois do jogo, o técnico Celso Roth diz que a cultura do futebol brasileiro é assim mesmo. “O torcedor canaliza tudo no treinador. Aqui a pressão sempre vai existir”, diz Celso Roth.
Apesar de erros individuais terem determinado a derrota palmeirense na partida deste domingo, o técnico assumiu sua parte de responsabilidade pelo resultado. “Erros todos cometem. Tivemos duas falhas individuais e coletivas, mas todos somos culpados”, diz o treinador, que considerava o empate um resultado mais justo. “A situação preocupa. Temos que buscar os resultados fora de casa também”, completa Roth.
Mas o técnico não foi o único perseguido pelo torcedores na partida. Os palmeirenses não gritaram o nome de Donizete antes do jogo e vaiaram o atacante durante toda a partida. “Nunca fiquei tão triste na minha vida. É a primeira vez que eu entro em um clube em que na hora da saudação a galera não saúda”, afirma o Pantera.
Porém, o jogador acredita que ainda pode ganhar o respeito dos torcedores. “Eu sentia que, se fizesse um gol, a torcida ia vibrar. Isso é o futebol”, afirma o atacante, que foi defendido por Celso Roth. “No primeiro tempo ele tentou, correu. Depois caiu um pouco”, disse.