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Rivaldo quer divisão de responsabilidades
Segunda-feira, 25 Junho de 2001, 01h27
Atualizada: Segunda-feira, 25 Junho de 2001, 03h52

Rio - Não foi o campeonato dos sonhos para o Barcelona. Mas no último jogo da Liga Espanhola, uma bicicleta perfeita do brasileiro Rivaldo e a vitória de 3 a 2 sobre o Valencia salvaram o time de um fracasso ainda maior: o de ficar fora da Liga dos Campeões, na temporada 2001/2002, e perder todo o dinheiro que representa estar na principal competição européia de clubes.

Rivaldo voltou a ser falado, a ganhar notas 10, a aparecer em jornais e TVs de todo mundo tentando explicar o movimento perfeito depois do passe do holandês Frank de Boer. “Fiz o que tinha de fazer. O zagueiro estava pressionando e foi natural pensar na bicicleta”, explicou inúmeras vezes o meia brasileiro. Rivaldo não disse bicicleta, mas disse "chilena", como os espanhóis conhecem essa jogada. Mas o gol aos 43 minutos do segundo tempo no último jogo foi muito mais do que salvar apenas a pele do Barcelona. Foi um gol que salvou sua própria pele. Foi um gol que o livrou mais uma vez de ser vaiado pela torcida do Barça. Agora é a vez de um outro assunto: Seleção Brasileira.

Rivaldo conversou de maneira exclusiva com a reportagem do LANCE! no aeroporto de Barcelona, minutos antes de embarcar para o Brasil e se apresentar a Luiz Felipe Scolari, quinto técnico que conhece desde que foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, em 1993.

L!: A chegada de Luiz Felipe Scolari e a volta de jogadores experientes como Romário, Roberto Carlos e Mauro Silva, divide mais a responsabilidade?

R: Além de ter mais divisão é importante a Seleção poder contar com esses jogadores, pela experiência. A Seleção fica mais forte, impõe mais respeito. Sempre que a Seleção perdia o culpado era eu. Agora não vamos pensar em perder para dividir a responsabilidade. A Seleção está mais forte e vamos ganhar.

O gol de bicicleta no último domingo deixam as coisas mais favoráveis para você?

Rivaldo: Até que não. Foi uma coisa normal. Um gol como aquele que eu fiz qualquer outro jogador pode fazer. Depende da reação no lance.

L!: E amor à camisa? Existe ou não?

R: Existe, claro! Você precisa ter amor ao seu país e à Seleção. Todo jogador tem que ter amor à camisa e jogar com vontade. Isso não significa que não pode perder. Se perdemos um ou dois jogos, logo se fala que não temos amor à camisa. Não somos invencíveis. A fase pode estar ruim, mas nunca se pode dizer que amor à camisa não existe.

L!: É sua volta à Seleção depois da derrota para o Equador (1 a 0, em Quito). Naquela partida você foi o jogador mais criticado da equipe.

R: Nem sempre as coisas saem bem, então as pessoas vêm te atacar. Sei que tem muita gente que não gosta de mim. Não posso agradar a todo mundo. Muitos jornalistas não gostam de mim e as críticas são normais.

L!: Por que demorou tanto para que a Seleção pudesse ter os jogadores mais experientes juntos? Faltava a mão pesada do Felipão?

R: Isso é critério do técnico e o que influencia muito são os campeonatos que são realizados no Brasil. Se um jogador se destaca nessas competições há uma tendência de se pressionar para que ele seja convocado. Às vezes o treinador prefere contar com esse jogador pela fase que ele atravessa. Tem de se respeitar essa escolha.

L!: É o quinto técnico com quem você trabalha na Seleção. Este ano, o Barcelona também trocou de treinador, o que é raro. Faça uma análise disso.

R: Bom, no Barcelona os maus resultados acabaram por forçar a saída de Serra Ferrer, que era um grande técnico, e mudamos para outro grande profissional. Tivemos um ano ruim e nós, jogadores, assumimos isso. Na Seleção Brasileira eu acompanhei de longe a mudança, mas acho que com Felipão a torcida vai pensar mais antes de uma crítica.

L!: É melhor para o técnico estrear fora de casa?

R: Com a fase que a Seleção atravessa é bem melhor estrear fora de casa. Até mesmo para nós, que estamos voltando ao time. Lembro da estréia do Leão no Morumbi (dia 15 de novembro, empate por 1 a 1 com o Peru). A torcida o chamou de burro. Foi um jogo difícil. Agora será diferente.

L!: E já que isso não deu muito resultado chegou a hora de vocês, mais experientes, provarem o valor dessa maior experiência?

R: Tudo pode acontecer quando se tem pela frente uma seleção como a do Uruguai. Não tem favorito. Vamos estar mais fortes, com certeza. Mas é futebol. O resultado é imprevisível.

L!: Uma semana de trabalho é suficiente para dar entrosamento?

R: Bom, só falta a minha chegada. Os outros estão trabalhando a mais tempo e vai ser importante esse tempo.

L!: Mais uma vez voltam os boatos de que você deixará o Barcelona e irá para a Lazio, da Itália.

R: É tudo mentira. Soube dessa notícia na quinta-feira, depois do jogo contra o Celta (primeiro jogo pelas semifinais da Copa do Rei). Liguei para minha casa e minha mulher falou sobre a notícia. Fiquei surpreso.

L!: Você continuará no Barcelona?

R: Espero que sim. O presidente me disse que não negocia meu passe e pronto. Fiz uma boa temporada e tenho mais dois anos de contrato. Vou cumpri-los.

L!: Você foi acusado por Eurico Miranda (presidente do Vasco) de ter influenciado Juninho Pernambucano a entrar na Justiça contra o Vasco. O que você tem a dizer?

R: Nem estava sabendo disso. Isso não tem nada a ver. Ele é de Recife, é meu amigo, sua esposa é amiga da minha e temos uma ótima relação. Não tenho nenhum contrato com o Juninho, porque nenhuma pessoa pode ser dona do passe do outro.

L!: Nem a sua empresa, a CSR?

R: Nem a minha empresa. Se ele é livre, é livre e assina contrato com quem quiser. Ele assinou por quatro anos com o Olympique Lyon (da França) e pronto. A decisão foi dele e não tenho nada com isso.

L!: Disseram que você trouxe ele à Espanha para conseguir um clube.

R: Ele veio para a Espanha, ficou na minha casa como meu convidado. É meu amigo e chamo para a minha casa quem eu quiser.

Quando o assunto é férias Rivaldo coça a cabeça. Mais um ano que o jogador pode passar sem descanso, já que logo depois do jogo contra o Uruguai, dia 1º de julho, tem a Copa América, na Colômbia. “Não sei se o Luiz Felipe vai me convocar para a Copa América. Mas vai ser uma decisão que será tomada depois de conversar comigo e com os outros jogadores que atuam na Europa”, disse Rivaldo.

A família do jogador embarca hoje para o Brasil. A mulher, Rose, e os filhos Rivaldinho e Tamyris vão primeiro para São Paulo. O roteiro inclui ainda Mogi Mirim, no interior paulista, e depois Recife para curtir as férias.

Caso seja convocado para jogar a Copa América, Rivaldo vai tentar ser liberado na primeira semana de pré-temporada do Barcelona, que se reapresenta no dia 23 de julho.



L!Sportpress


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