Rio - "Vem aí outro caso Gama". Foi com esta frase que o jurista Valed Perry reagiu ao ser indagado sobre a liminar obtida pela Prefeitura de Belém que determina a inclusão do Clube do Remo na série A do Campeonato Brasileiro deste ano. Valed, que é assessor jurídico da CBF, considerou absurdo o pedido do Remo e desmentiu ter dado qualquer declaração sobre o caso, pois passou a terça-feira em São Paulo e só no fim da noite de terça-feira pôde tomar conhecimento da pretensão do clube paraense.
Ele garantiu que a ação impetrada em favor do Remo não tem base legal. O jurista lembrou, inclusive, que a Copa João Havelange não foi organizada pela CBF e, portanto, não pode substituir o Campeonato Brasileiro. Valed disse que só a partir desta quarta-feira o vice-presidente jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, o Carlô, determinará que o Departamento Jurídico comece a examinar o caso.
A CBF vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça do Estado do Pará da decisão da 14ª Vara Cível da Fazenda Pública de Belém, de acordo com Valed. Nem mesmo o argumento do vice-presidente do Remo, Luis Neto, de que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, reconhecera os direitos do Clube do Remo em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", no dia 7 de março, é levado em conta pelo jurista.