Rio – O técnico Emerson Leão não se mostrou preocupado com o atentado ocorrido na cidade de Cali, na Colômbia, onde a Seleção Brasileira vai ficar hospedada durante a Copa América. ``Recentemente eu fui à Colômbia e vi um entusiasmo muito grande de seus organizadores em fazer o melhor e apresentar o melhor da Colômbia para o mundo. Acho que é uma grande oportunidade para o país aproveitar a situação e se organizar'', disse.
Já o atacante colombiano Faustino Asprilla, do Fluminense, demonstrou preocupação com a realização da Copa América em seu país.
``Se não tivermos condições de dar segurança para quem vai estar na Copa América, é melhor não fazer nada lá'', disse Asprilla nesta segunda-feira.
Asprilla afirmou que ficou muito triste ao saber da notícia e admite que o atentado mancha a imagem do país. ``Não é muito bonito para a imagem da Colômbia fazer uma Copa América no país com muitos problemas políticos'', disse.
Segundo autoridades colombianas, cerca de 30 pessoas ficaram feridas na explosão do carro bomba carregado com 50 quilos de dinamite. Entre os feridos estão jogadores e integrantes da comissão técnica do Once Caldas, equipe de futebol da Colômbia. A polícia e os bombeiros disseram que não tinham informações sobre mortos.
Cali é a segunda maior cidade da Colômbia, com mais de dois milhões de habitantes e até 1995 foi sede do cartel de drogas dirigido pelos irmãos Miguel e Gilberto Rodríguez, presos pela polícia.
O hotel Torre de Cali, onde ocorreu o atentado, é considerado o edifício mais alto de Cali, era cogitado para hospedar os dirigentes dos países que vão participar da Copa América.
Dois representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) viajaram nesta segunda-feira para a Colômbia para resolver os detalhes sobre a participação do Brasil na Copa América, que acontecerá de 11 a 29 de julho.
Carlos Lemos, assessor de imprensa, será o responsável pelas questões de estrutura, e o coronel Castelo Branco vai verificar as condições de segurança, de acordo com a CBF.