Belo Horizonte - A metralhadora do atacante Oséas voltou a funcionar. Depois de marcar três dos cinco gols do Cruzeiro na goleada de 5 a 0 sobre o Sporting Cristal, pela Copa Libertadores da América, terça-feira, no Mineirão, ele retomou a antiga comemoração para espantar de vez o jejum de gols na competição sul-americana.

Oséas conta que resolveu retomar o modo singular de comemoração, simulando atirar com uma metralhadora, depois de assistir, pela televisão, algumas matérias com gols marcados por ele desde que chegou ao clube. “Sempre me mostram comemorando com a metralhadora. Resolvi fazer de novo pois, no ano passado, também estava numa boa fase e quero que ela continue", ressalta.

O baiano faz questão de ressaltar o bom futebol apresentado não só por ele, mas por todo o elenco no último jogo do Cruzeiro. Em especial por seu companheiro Geovanni, um verdadeiro “garçom", que lhe “serviu" a bola em dois dos três gols que marcou sobre o Sporting Cristal. “Nosso grupo é unido e pensa somente em vencer. Eu, por exemplo, dependo dos laterais e do Geovanni, que atravessa excelente fase. Se tudo dá certo para eles, dá para mim também", comenta Oséas.

O atacante elogia também os outros jogadores da mesma posição, caso de Alessandro e Marcelo Ramos, que vêm marcando gols na temporada. Oséas afirma que não há disputa pela posição. “Todos que entram querem mostrar seu valor. Estão todos marcando gols e isso só vem ajudar o Cruzeiro", salienta o camisa 9 que, com os três que marcou, assumiu a vice-liderança na artilharia do time na Copa Libertadores - dois atrás de Geovanni.

Primeiro gol

Outro que deixou o Mineirão satisfeito na terça-feira foi o zagueiro Luisão. Não só pela vitória folgada sobre o Sporting Cristal, mas pelo primeiro gol marcado por ele desde que chegou ao Cruzeiro, em julho do ano passado - foi Luisão quem abriu a goleada de 5 a 0 no Mineirão.

“É muito gostoso fazer gol com a camisa do Cruzeiro. Eu vinha sempre tentando, pois treino exaustivamente a jogada que originou o gol. E tive sorte de acertar desta vez", comemora o zagueiro, referindo-se às cobranças de escanteio onde ele sobe ao ataque para tentar cabecear para gol.

Só que na partida de terça-feira, foi preciso mais do que obediência tática. O zagueiro mostrou oportunismo e muita vontade, pois acabou marcando o gol depois de um bate-rebate em que ele mesmo aproveitou a sobra. “Fui com convicção de chutar forte e marcar, mas bateu no zagueiro deles. Consegui pegar o rebote e mandar para gol", lembra Luisão que, na comemoração, foi abraçado pelo experiente Cléber. “Mesmo estando na reserva, ele vem me dando a maior força. Tem sido fundamental", comenta.

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