Brasília - O vice-presidente do Vasco da Gama, Amadeu Pinto da Rocha, que prestou depoimento há poucos instantes à CPI do Futebol, afirmou que todos os dirigentes do clube tomaram conhecimento das cláusulas do contrato entre o Vasco e a empresa Vasco da Gama Licenciamentos.
Amadeu Pinto também elogiou o funcionário da tesouraria do Vasco, Aremithas José de Lima, convidado a depor pela CPI por suspeita de receber depósitos milionários do clube.
O depoente, que também acumula o departamento de comunicações, contestou que seria atribuição do setor controlar os documentos enviados ou recebidos pelo clube. Mas o relator da comissão, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), disse estar convencido da responsabilidade do departamento pelo setor de expedição. Althoff lamentou que, apesar de o controle estar previsto no estatuto, vem sendo descumprido pelos dirigentes.
Ao ser questionado por Althoff (PFL-SC) sobre a operação de remessa de R$ 12,5 milhões para o Liberal Bank, nas Bahamas, realizada entre o Vasco da Gama e a empresa Vasco da Gamas Licenciamentos, o vice-presidente disse que a transação deveria custear despesas ocorridas na compra de passes de jogadores, segundo a Agência Senado.
A informação teria sido repassada pelo então presidente do clube, Antônio Soares Calçada, que, apesar de ocupar o cargo máximo na entidade, não assinou os ofícios autorizando a transferência do dinheiro ao exterior. De acordo com Amadeu Pinto, a autorização do negócio foi feita pelo atual presidente, deputado federal Eurico Miranda (PPB-RJ).