Belo Horizonte - O Cruzeiro continua aguardando por uma proposta do Barcelona pelo lateral-esquerdo Sorín. De acordo com a imprensa espanhola, o clube catalão teria oferecido US$ 14 milhões (cerca de R$ 30 milhões) pelo argentino ao Cruzeiro, cujos dirigentes não confirmam qualquer contato com o Barcelona. Mas o vice-presidente cruzeirense Alvimar Perrella admite que, se a proposta for oficializada, a transação deverá acontecer.
”Essa proposta de US$14 milhões é espetacular. É quase o triplo do que pagamos pelo Sorín”, compara Alvimar, lembrando que o Cruzeiro comprou Sorín do River Plate no início do ano passado, por US$ 5,08 milhões (aproximadamente R$ 11 milhões).
Porém, a diretoria cruzeirense avisa que só aceita negociar com o Barcelona em Belo Horizonte. Alvimar Perrella recorda que no episódio do zagueiro Cris ele foi à Espanha negociar com o clube catalão. E perdeu a viagem.
”Se o Barcelona quiser, terá de enviar um diretor eleito pelo conselho do clube. Quero uma posição oficial e não aceito negociar com atravessadores”, afirma Alvimar.
O fato, no entanto, é que não há muita escolha para o Cruzeiro. A venda de Sorín seria uma das saídas para amenizar os prejuízos
que a parceira Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated vem acumulando na Toca da Raposa desde o ano passado.
Em 2000, a Hicks contabilizou um prejuízo de R$ 15 milhões. Este ano, enxugou o orçamento para evitar um prejuízo maior, mas, ainda assim, a previsão é de que o déficit chegue a R$10 milhões. Com a eventual venda de Sorín, entretanto, esse balanço muda radicalmente.