Tucson (EUA) - Há mais de 28 anos, o nadador norte-americano Rick DeMont vem procurando a retificação de uma grande injustiça olímpica.
Nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, DeMont, então com 16 anos, foi punido com a perda da medalha de ouro depois que o teste antidoping acusou a presença de efedrina, substância proibida que era ingrediente de um remédio para a asma do nadador.
Depois de todos esses anos, o Comitê Olímpico Norte-Americano (USOC) disse em comunicado na quinta-feira que ''está recebendo (DeMont) de volta na família olímpica e reconhecendo-o como um dos mais talentosos atletas de todos os tempos a representar os Estados Unidos em competições internacionais.''
O USOC planeja reconhecer os feitos de DeMont como atleta e técnico em uma reunião de seu conselho de diretores nos dias 28 e 29 de abril, em San Jose, Califórnia, de acordo com o porta-voz da entidade, Mike Moran.
Asmático, DeMont tomava Marax, então um remédio comum no tratamento da doença. Apesar de o atleta ter revelado adequadamente o uso do medicamento em formulários médicos distribuídos a todos os atletas olímpicos, o USOC falhou em retransmitir as informações às autoridades apropriadas da comissão médica do Comitê Olímpico Internacional.
DeMont, agora com 44 anos e técnico assistente de natação na Universidade do Arizona, espera que a reunião marque o primeiro passo em um caminho que o levará ao reconhecimento como o legítimo campeão olímpico dos 400 metros livres de 72.
``É a coisa mais positiva que aconteceu, fruto de meus esforços, no decorrer de todos esses anos'', disse DeMont à Reuters. ``O que eu quero é que o Comitê Olímpico Internacional reconheça o erro e corrija o registro histórico. Há uma medalha com meu nome gravado e eu a quero de volta.''
DeMont venceu os 400m livre em Munique com o tempo de 4min00s26, ficando à frente do australiano Brad Cooper por um centésimo de segundo.