Belo Horizonte - O volante Marcos Paulo e o atacante Geovanni poderão reforçar o Cruzeiro no jogo contra o Paraná, amanhã, no Mineirão, pela segunda rodada do Grupo C da Copa Sul-Minas. Sobretudo porque o Cruzeiro, que joga em casa, vai necessitar de jogadores mais experientes e também criativos, caso específico de Geovanni, na articulação e conclusão de jogadas. “Vamos ter que uma equipe mais ousada e mais experiente em campo. Não dá para cobrar dos jogadores mais jovens", disse o treinador Luiz Felipe Scolari, deixando escapar uma pista sobre a possibilidade de utilização dos jogadores, que retornaram aos treinos no último dia 15.

Além disso, Scolari prevê uma partida difícil e complicada pela boa fase do Paraná, que, nos seus dois últimos jogos, marcou dez gols. “É um time que vem mantendo o padrão de jogo do ano passado", explicou o técnico. Na estréia da Copa Sul-Minas o Paraná goleou o Joinville por 5 a 2, e, no último domingo, fez 5 a 1 no União Bandeirante, pelo Campeonato Paranaense.

O goleiro Bosco e o zagueiro Cris também já estarão a sua disposição para o jogo contra o Paraná. Era intenção do técnico contar com Marcelo Djian na partida de amanhã, mas o zagueiro reclamou ontem de dores nas costas e está em tratamento.

No coletivo realizado no domingo, Scolari já testou Cris, Geovanni, Marcos Paulo e Ricardinho, este ainda sem as melhores condições físicas. A boa movimentação do atacante e do volante agradaram ao treinador.

Exigência tática - Luiz Felipe Scolari voltou ontem a exigir dos jogadores obediência tática nesta temporada. “Quem não se enquadrar terá, com certeza, maiores dificuldades no time", garantiu o técnico. Ele abordou também a necessidade de os jogadores manterem uma conduta moderada extra-campo.

“Eles não poderão ter o mesmo comportamento de um bancário ou outro profissional de outra área. Eles dependem de condicionamento físico para responderem em campo", assinalou.

Scolari disse que, como líder, é preciso dar o exemplo. “Deixo, às vezes, de fazer algumas coisas para que me dão satisfação. A gente não deixa também, às vezes, de ser um pai ou um irmão mais velho", completou o técnico, numa alusão ao relacionamento com os atletas.

Antes da entrevista coletiva, o treinador, descontraído, pregou na parede da sala um cartaz em homenagem ao Rio Grande do Sul, seu Estado natal: “Amor ao Rio Grande. Ostenta tua bandeira tchê, e sente orgulho de ser gaúcho". Depois de colocar o cartaz, Scolari brincou: “Com isso, vou conseguir a erva mate para o chimarrão".

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